PAUTA Campanha Embu é o Bicho

+ Confira a galeria de fotos recebidas na campanha

CLIPPING – Saiu no Jornal D’aqui , portal do Jornal Folha do Pirajuçara e JornalNanet, nosso release sobre a campanha Embu é o Bicho.

O texto aborda a importância de sensibilizar os moradores da cidade para a natureza em seu redor. Confira:

Entidade ecológica faz campanha “Embu é o Bicho”

Foto de Iuri Quadros
Foto de Iuri Quadros

A ONG Ambiental Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE começou 2016 com a campanha eletrônica e interativa Embu é o Bicho. A proposta incentiva a população a fotografar e postar na rede social Facebook fotos de animais encontrados na cidade de Embu das Artes, tendo como principal intuito despertar o cidadão para a riqueza da biodiversidade em que está inserido.

O mapa de Embu das Artes revela uma cidade dividida ao meio, com intenso crescimento urbano no lado leste e ainda grandes áreas verdes na região central e oeste. No entanto, por toda a cidade ainda é possível observar e se surpreender com as particularidades de uma natureza que resiste.

Em uma semana do projeto, a entidade ecológica já recebeu dezenas de fotos que vão de insetos – como borboletas, abelhas, louva-a-Deus – a répteis, aves e espécies em extinção, como o Jacú, ave do bioma da Mata Atlântica.

“O cidadão que se sensibiliza para as belezas que são parte do seu mundo, tende a se importar e a querer cuidar”, comenta Rodolfo Almeida, presidente da SEAE.

Foto de Milena Fabbrini
Foto de Milena Fabbrini

Para participar

Todos os interessados podem participar da campanha.

Para tal, basta postar no Facebook a foto de algum animal encontrado na cidade de Embu das Artes ou ainda enviar as informações por e-mail para a SEAE: contato@seae-embu.org.

A postagem deve conter o nome do bairro onde a foto foi tirada e acompanhar a hashtag #EMBUéoBICHO.

No Facebook, para que a participação aconteça, o usuário deve realizar o post com permissão de visualização pública.

Foto de Milena Fabbrini
Foto de Milena Fabbrini

Sobre a SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, com foco em educação para a sustentabilidade socioambiental e fiscalização de crimes ecológicos.

 

Enchentes em Embu das Artes

CLIPPING – Saiu no Jornal D’aqui nossa matéria sobre a enchente que afetou a cidade de Embu das Artes no último sábado (19).

O texto foca nos problemas ambientais que colaboram para o quadro de enchentes e os desafios de gestão ambiental que a prefeitura tem em mãos. Confira abaixo:

Enchentes em Embu das Artes expõem problemas de gestão ambiental

No último sábado (19) diversos pontos de alagamento foram registrados na cidade de Embu das Artes, após a chuva forte que caiu por cerca de uma hora no fim da tarde.

Na região central, os rios Embu Mirim e Ribeirão da Ressaca transbordaram e a água chegou a invadir o comércio. Na zona leste, o córrego do complexo Pombas-Botucatu também transbordou e tampas de bueiro não aguentaram a pressão. 

Deslizamentos ocorreram em duas das grandes obras em andamento na cidade: no galpão da avenida Isaltino Victor de Moraes e no da avenida Rotary.

Na Isaltino, o terreno do megaempreendimento sofreu erosões e muita lama escorreu para a avenida e para o Rio Embu Mirim, à frente do galpão. Na Rotary, a lama escoou para o asfalto e para o rio Embu Mirim, que passa pelos fundos da obra, na altura do Parque da Várzea.

As alterações nos terrenos desses empreendimentos colaboram de forma significativa para os desastres urbanos. A vegetação que estabilizava o solo foi retirada e os morros achatados. A última chuva demonstrou que as tentativas das empresas em controlar o fluxo das águas pluviais não deram certo.

A lama que chegou ao rio altera o seu leito por causa do assoreamento. Ou seja, o acúmulo de detritos faz com que ele fique cada vez mais raso, suporte menor quantidade de água e aumente, assim, o quadro de enchentes nas épocas de chuvas.

Máquinas da Enpavi aterrando a várzea do Embu Mirim
Máquinas da Enpavi aterrando a várzea do Embu Mirim

Além da lama recebida, um flagrante foi registrado pouco antes das enchentes, quando máquinas da ENPAVI – empreiteira contratada pela prefeitura – aterravam uma das várzeas do rio, nas proximidades do Parque do Lago Francisco Rizzo. No local não havia placa de licenciamento da CETESB.

As várzeas desempenham um importante papel de receberem e reterem a água dos leitos que transbordam. É o curso normal da natureza para a época de grandes chuvas. Com as várzeas aterradas ou impermeabilizadas, a água se espalha sem contenção.

Ante as pressões do crescimento urbano e da especulação imobiliária, a cidade enfrenta graves problemas de ordem ambiental que se desdobram em problemas sociais e de saneamento básico.

A prefeitura tem em mãos o grande desafio de agir corretamente para minimizar a fragilidade urbana e proteger os afetados: todos os cidadãos.

ETEC de Embu recebe SEAE

CLIPPING – Saiu no JornalNaNet e no portal Granja News release sobre a atuação da SEAE na ETEC de Embu das Artes.

O texto fala sobre o evento Sede no Berço das Águas, realizado na escola na última sexta-feira (04), com a participação de mais de 300 alunos. Confira abaixo:

ETEC de Embu recebe ONG SEAE em palestra ecológica

A Socirodolfo almeida apresenta a SEAEedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE levou para a Escola Técnica de Embu das Artes o evento Sede no Berço das Águas. As palestras aconteceram na última sexta-feira (04), onde geógrafos Marcos Ummus e Helga Grigorowitschs, o sociólogo Rafael Ummus, juntamente com Rodolfo Almeida, presidente da entidade, falaram para aproximadamente 300 alunos.

Com descontração, os ministrantes conseguiram a ativa participação da plateia secundarista, que se mostrou interessada e fez muitas perguntas.

Entre os temas abordados, a descoberta do caminho das águas na cidade: onde estão as nascentes, quais os principais córregos e rios, como eles contribuem para as represas e como está a qualidade dessas águas.

Com o mapeamento de uso e ocupação do solo nas áreas de mananciais foi evidenciado o impacto das indústrias e residências sobre os córregos do município, que tem menos da metade do seu esgoto coletado e, deste montante, apenas uma média de 20% é tratado.

A importância das florestas para a manutenção e recuperação das bacias hidrográficas, formadas pelos rios Cotia, Embu-Mirim e Pirajuçara, também foi apresentada e trouxe esperança aos alunos.

Sobre o projeto

Sede no Berço das Águas é uma iniciativa dos quatro palestrantes (Rodolfo, Helga, Marcos e Rafael) e surgiu no intuito de cumprir um papel de Responsabilidade Social em informar às comunidades sobre a importância das águas da cidade, que tem 59% do seu território em Área de Proteção aos Mananciais, e sua real situação.

Sobre a SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, com foco em educação para a sustentabilidade socioambiental e fiscalização de crimes ecológicos.

Marcos Ummus fala para os alunos equipe SEAE na etec 20151204_105038

 

Reunião Pública do Plano de Manejo

naturezaA SEAE convida você, seus amigos, vizinhos e familiares a participarem conosco da ÚLTIMA OFICINA do Plano de Manejo da APA (Área de Proteção Ambiental) de Embu das Artes.

Foi uma longa jornada até aqui e a participação de todos foi muito importante. Mas é nessa próxima oficina que poderemos definir e cravar no mapa as efetivas proteções ambientais.

 

EVENTOS:

REUNIÃO PÚBLICA DA PREFEITURA:

Inicialmente prevista para 10/12 (quinta-feira) – 18h

Centro cultural Mestra Assis

 

ENTENDA:

O Plano de Manejo é um documento técnico constituído por especialistas para proteger o ambiente de uma Unidade de Conservação. É obrigatório para toda APA e feito após delicados estudos regionais, que levam em conta aspectos como: climático, geográfico e também social. Além de assegurar condições adequadas para a fauna, flora e os recursos hídricos do local, o Plano de Manejo acaba contribuindo também para a qualidade de vida da população.

Por ser um documento que trata de um local misto, ou seja, com residências, a participação da população é muito importante para que sejam tomadas as melhores decisões. Por isso reforçamos o convite: venha e traga todos que puder, não precisa ser morador!

Audiência pública – Alteração do Plano Diretor

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Sob o pretexto de adequar as ilegalidades do plano diretor de 2012, com relação à desobediência a lei estadual da Guarapiranga, a administração municipal está realizando uma verdadeira reforma do Plano Diretor. Estão sendo alterados: o texto da lei, mapas e definições.

Pela proposta, cerca de 50% da Zona do Centro Turístico foi retirada, dando lugar à Zona Urbana Consolidada 3 – ZUC 3 que, na prática, permite que sejam construídos novos Mega Galpões e prédios, descaracterizando ainda mais a vocação turística da cidade.

Felizmente, por enquanto, a Zona do centro Histórico escapou da tesourada. As mudanças não para por ai: foram ampliadas as Zonas Empresariais, removidas zonas de especial interesse social, entre outras modificações negativas para a cidade e seus habitantes.

Em setores pontuais, o projeto aumenta o tamanho do lote mínimo para atender à lei estadual da Guarapiranga. Esta exigência visa diminuir o adensamento populacional e consequentemente o impacto à bacia hidrográfica, mas ao mesmo tempo em que atende o tamanho mínimo de lote, impulsiona o adensamento através do aumento Coeficiente de Aproveitamento máximo e contraria os princípios da lei. Isso entrega à especulação imobiliária a possibilidade de verticalizar o centro indiscriminadamente.

As áreas afetadas pela mudança: R. Alberto Giosa – em frente ao Parque Francisco Rizzo; Av. Elias Yasbek – do supermercado Lopes até a Maternidade; trecho entre Av. Elias Yasbek e Av. Isaltino Victor de Moraes; e Av. Antônio Mory – acima da Aba Motors, são notavelmente as principais entradas de Embu e estão no entorno imediato do centro histórico.

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A Audiência vai ocorrer Dia 30/11, às 18:00h, na Câmara Municipal da cidade. Endereço: Rua Marcelino Pinto Teixeira, 50 – Parque Industrial, Embu das Artes – SP, 06816-000

Veja o conteúdo das alterações propostas pela prefeitura abaixo:
Novo mapa de Zoneamento:

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Veja a sobreposição do zoneamento sobre a imagem de satélite do centro de Embu.
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 Veja resumo dos parâmetros do novo zoneamento:
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Proposta do novo texto:
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Relembre

O plano Diretor de Embu das artes, revisado em 2012, criou a ZCE – Zona do Corredor Empresarial, que rasga ao meio a Área de Proteção Ambiental Embu Verde e a Área de Proteção aos Mananciais da Guarapiranga, com o incentivo de ocupação com galpões e fábricas, prejudicando o equilíbrio ecológico e hídrico da região. A Lei Estadual 12.333, lei da Guarapiranga, reserva parte do município de Embu, para garantir a preservação das matas remanescentes, com o intuito de proteger a produção de água dos mananciais, dentre as áreas protegidas estão boa parte da Ressaca. O ribeirão da Ressaca deságua no rio Embu Mirim que por sua vez fornece 35% de toda a água da represa Guarapiranga. Esse volume abastece cerca de 2 milhões de pessoas da grande São Paulo, incluindo Embu das Artes.

 

Embu na MobClima

Embu das Artes estará na Mobilização Mundial pelo Clima

No próximo domingo (29), a partir das 11:00h, a Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE estará no MASP (Av. Paulista) ao lado de mais de cem organizações ambientais na maior manifestação em prol do meio ambiente do mundo.

Organizada por entidades como Avaaz, GreenPeace e EngajaMundo, o evento visa pressionar os governantes dos mais de 190 países que estarão reunidos em Paris, na semana seguinte, na Conferência das Partes – COP21, para definir metas sustentáveis para reduzir o aquecimento global.

Os manifestantes querem metas ambiciosas e ações sólidas, por parte do poder público de cada país, incluindo a solução para a crise hídrica na pauta.

A SEAE está organizando a saída de ônibus gratuito do Embu para o evento, com o apoio/patrocínio do GreenPeace. Para participar é necessário se inscrever. Clique nesse link: www.seaembu.org/mobclima.

EVENTO:

Mobilização Mundial Pelo Clima

29/11 à partir as 11:00h

SERVIÇO:

Ônibus com a SEAE, às 10h30

Local: CID SEAE / Fonte: Estrada Professor Cândido Mota Filho, 286 – Embu das Artes – SP

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Palestras na Liotécnica

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

CLIPPING – Saiu no Jornal na Net o texto sobre a atuação da ONG SEAE na empresa Liotécnica. Confira na íntegra:

 

Liotécnica recebe SEAE para palestras sobre o Meio Ambiente

Convidada pela indústria alimentícia Liotécnica, a Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE falou para mais de 250 funcionários, entre os dias 16 e 18, numa série de palestras sobre a importância da biodiversidade de Embu das Artes para a manutenção dos recursos hídricos de toda região metropolitana.

As apresentações começaram com uma dinâmica, para que os participantes identificassem o som de alguns pássaros da região. Em seguida, foram explicadas informações sobre a relevância da presença dos animais e das florestas para a manutenção das águas e da qualidade de vida.

Os participantes se mostraram surpresos em relação à quantidade e espécies de animais silvestres que habitam na Área de Preservação Ambiental – APA Embu Verde. Em especial, em relação à onça parda, animal ameaçado por extinção.

Foram abordados, ainda, tópicos relacionados à qualidade das águas, informações para ações conscientes no cotidiano, informações para denúncias de crimes ambientais e o histórico ambiental da SEAE.

O evento fez parte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT, onde os palestrantes Rodolfo Almeida, Jair Raupp, Silvia Martins e Dora Carvalho falaram aos funcionários e responderam diversas perguntas.

Sobre a Liotécnica

Fundada em 1964, a indústria brasileira Liotécnica, atua no segmento alimentício, com soluções para ingredientes e produtos. Atualmente, possui 3 fábricas na cidade de Embu das Artes, com especialidade tecnológica para: liofilização, desidratação à vácuo, ar quente, mistura e envase.

Segundo Alex Santos, Técnico de Segurança do Trabalho e Gerente de Meio Ambiente, “a empresa é consciente, preocupada com o Meio Ambiente e tem como uma de suas principais metas, a minimização dos impactos gerados por suas atividades”.

Entre as principais estratégias de práticas sustentáveis da empresa, está a “destinação adequada dos resíduos para a reciclagem; o reaproveitamento de resíduo de cevada nas próprias atividades; o tratamento da água utilizada na empresa e a preservação de uma área verde, nas próprias dependências”.

Sobre o tratamento da água, Alex comentou que “consiste na retirada máxima dos resíduos para que possa haver o reaproveitamento, ou, ainda, o descarte limpo no rio Embu-Mirim” (que passa nas proximidades da empresa).

 

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Capivari-Monos e Embu Verde

Capivari-Monos tem Plano de Manejo referência para a APA Embu Verde

No extremo sul da cidade de São Paulo, a janela que se abre dá vistas para outro horizonte que não o do cenário metropolitano. Especialmente, na Área de Preservação Ambiental (APA) Capivari-Monos, que ocupa os distritos de Parelheiros e Marsilac.  Deste território, 73% são constituídos por mata atlântica nativa e também em estado avançado de regeneração.

O nome é uma homenagem aos rios Capivari e Monos, únicos ainda limpos na cidade de São Paulo. O lugar abriga uma enorme biodiversidade e também mananciais, incluindo o berço do rio Embu-Guaçu, principal contribuinte da Represa Guarapiranga.

A área possui 251 km² e ocupa cerca de 1/6 do município de São Paulo. Tornou-se APA em 09 de Junho de 2001, por meio da Lei Municipal nº 13.136 e, de lá para cá, grandes lutas foram travadas para que a preservação acontecesse de fato.

Para gerenciar as tomadas de decisões e interferências dentro da APA, foi criado um Conselho Gestor, ainda em 2001.

Como a área é de uso misto, com residências e atividades econômicas, foi necessário, também, um documento com diretrizes de proteção, uso dos recursos naturais e ocupação do solo. Assim foi criada nova Lei Municipal, nº 13.706, de 05 de janeiro de 2004.

Plano de Manejo

O Plano de Manejo chegou em comemoração aos dez anos da criação da APA Capivari-Monos, em 2011. Ele é um documento técnico para definições permanentes de proteção, permissão das atividades econômicas e demais ocupações na região.

Foi elaborado em duas etapas: a primeira com a criação do diagnóstico socioambiental, estudo especial da região; e a segunda com uma série de oficinas participativas entre o poder público e as comunidades locais. O processo, idealizado pelo próprio poder público, durou cerca de dois anos, com atividades em 2009 e 2010.

Teve ampla participação das esferas governamentais, privadas e comunidades locais para a sua elaboração, visando garantir as contribuições diversas previstas em lei.

Associações de moradores, ONGs, setor privado agrícola, setor privado empresarial, setor privado turístico, comunidades indígenas, associações de ensino, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Subprefeitura de Parelheiros, Secretaria Municipal de Habitação, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Secretaria Municipal da Cultura, Guarda Civil Metropolitana, Fundação Florestal, SABESP e Polícia Militar Ambiental, foram as entidades que participaram da criação do documento Plano de Manejo da APA Capivari-Monos.

Capivari-Monos e Embu Verde

        Onça parda, espécie em extinção encontrada nas APA’s                  Capivari-Monos e Embu Verde Foto: SVMA

Mas porquê estamos falando dessa APA lá de São Paulo? Porque as semelhanças com a APA Embu Verde são muitas! A começar pela peculiaridade de serem Mata Atlântica.

E não se pode deixar de lado o histórico de ocupação, que vem desde a descoberta do Brasil: ambas as regiões receberam índios, jesuítas, alemães e japoneses. Depois vieram os nordestinos e também os sertanejos, em busca de trabalho.

Assim os cenários passaram por inúmeras transformações, com loteamentos, atividades de madeira, carvão, agricultura e o desmatamento desenfreado.

Depois veio a recuperação, onde as matas se reergueram e ainda se regeneram. Para evitar nova devastação, surgiu a necessidade de um cuidado mais rígido, com a criação oficial das APA’s: a Capivari-Monos em 2001, a Embu Verde em 2008. Pelas duas áreas circulam espécies ameaçadas de extinção. Entre elas, a bela onça parda.

O Rodoanel também corta as proximidades das duas APA’s e levou muitos prejuízos ambientais para as regiões. No entanto, a exemplo da Capivari-Monos, a instalação da rodovia não significa mudança da vocação sustentável da região.

O Plano de Manejo da Capivari-Monos é um modelo exemplar do documento. O da Embu Verde está em vias de elaboração, mas as dificuldades são parecidas.

Conflitos entre o crescimento e a preservação são inevitáveis, mas se olharmos para os bons exemplos e para o futuro, onde tudo converge para o sustentável, será possível encontrar as melhores soluções.

SEAE no Jornal Green Valley

CLIPPING – Saiu no Jornal Green Valley, edição de Outubro, matéria especial sobre a SEAE: nossa história, atuações e lutas. Confira na íntegra:

“SEAE, há 40 anos amiga do Embu

Por Rodolfo Almeida

jornal green valley1Morar em meio à natureza, apreciar o bem-estar de observar pássaros e flores na varanda de casa, longe do barulho e da poluição das grandes cidades, mas perto o suficiente para usufruir de todas as vantagens da mesma. Nos últimos 40 anos isso foi um objetivo comum de muitas pessoas de Embu. Outro foi lutar para que isso pudesse continuar assim, pois sempre surgem novas ameaças ao meio ambiente.

No começo dos anos 70, o “desenvolvimento” ameaçava acabar com essa tranquilidade. Planejava-se instalar Aeroporto Internacional de São Paulo entre Embu e Cotia, colocando em perigo toda a região. Moradores, que perceberam que essa não era a vocação da cidade, se uniram e organizaram, questionaram e manifestaram, até que o governo, reconhecendo a inaptidão da área, optou por instalar o novo aeroporto em Guarulhos.

Essa realidade mostrou que a sociedade civil, quando unida, consegue lutar por seus direitos. Assim surgiu a Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, que busca preservar nossa região e indicar formas de desenvolvimento socioambientais sustentáveis. Nossa maior luta é para conciliar o desenvolvimento urbano com a preservação do meio ambiente.

Enquanto o mundo se volta para a sustentabilidade, para a substituição da indústria da manufatura pela “indústria” do turismo; dos poluentes pelos renováveis; do agrotóxico pelo orgânico, Embu das Artes parece caminhar na contramão adotando um modelo falido, do século passado, que troca floresta por fábricas, nascentes por galpões e turismo por populismo.

Pode parecer desanimador o horizonte, mas olhando tudo que Embu ainda tem, com grandes áreas verdes, dezenas de espécies de animais silvestres e produção hídrica que abastece cerca 2 milhões de pessoas (bacia da Guarapiranga e do Cotia), dá para perceber que valeu lutar nesses últimos 40 anos, pois muitas cidades já estão em situação calamitosa, muito pior que a nossa, a exemplo da situação do sistema Cantareira.

A criação da Área de Preservação Ambiental – APA Embu Verde, foi uma das conquistas de que a SEAE participou. A APA foi instituída pela Lei Municipal Complementar, nº 108 de 2008 e, como área de uso sustentável, permite ocupação urbana desde que não prejudique o meio ambiente.

Para regular o que pode ou não fazer dentro do território, é necessário o documento técnico chamado Plano de Manejo. Ele é feito após minuciosos estudos socioambientais do local. Mas enquanto o documento não sai, o espaço fica fragilizado com a expansão industrial e ocupações irregulares que crescem na cidade.

Precisamos da sua ajuda! Uma sociedade unida pode fazer a diferença. Governantes passam pela cidade, mas o resultado das decisões tomadas por eles ficam e podem ser irreversíveis. Ela é o nosso lar, portanto a causa é de todos.

Associando-se a SEAE, você ajuda a financiar trabalhos de educação, fiscalização de crimes ambientais e cobrança/interação do poder público, para a preservação da região. A entidade não tem e nunca terá nenhuma vinculação político partidária, não tem fins lucrativos e como OSCIP presta contas regularmente do balaço.

Confira nossos planos mensais e associe-se pelo nosso site em: www.seaembu.org

SEAE na TV Assembleia

CLIPPING – A SEAE participou da reportagem especial sobre Embu das Artes na TV Assembleia. A matéria abordou os maiores desafios para a nossa cidade. Entre eles, o trabalho de fiscalização e luta pela preservação do meio ambiente, desenvolvido pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu.

A equipe acompanhou a SEAE durante a fiscalização de uma obra irregular, que causou desmatamento em Área de Preservação Ambiental, no bairro de Itatuba, e constatou impactos ecológicos, além de problemas sociais acarretados para as famílias do local.

 

Embu das Artes é uma cidade com particularidades que a colocaram em duas categorias de Reserva da Biosfera: a da Mata Atlântica, por conter fragmentos da biodiversidade dessa mata, e a do Cinturão Verde de São Paulo, composta por 70 cidades que, com sua vegetação, interferem diretamente na qualidade do ar e na refrigeração do clima da capital.

Para que parte de seu verde se mantivesse preservado, foi criada uma APA – Área de Proteção Ambiental, instituída por Lei Municipal, em 2008, na gestão do então prefeito Geraldo Cruz.

O espaço é de uso misto, o que exige regulamentação para ocupação apenas de baixa densidade e o desenvolvimento de atividades sustentáveis. Geraldo Cruz, hoje deputado, também participou da reportagem, onde evidenciou a importância da APA e as políticas públicas adotadas para mantê-la preservada.

As estratégias foram radicalmente alteradas na gestão seguinte, do atual prefeito Francisco Brito. Ele também foi convidado para o programa, mas recusou. Entre suas políticas públicas está a introdução de um corredor empresarial na cidade, que passa por dentro da APA, aprovado pelo plano diretor de 2012.

O que se vê agora, já em vias de implantação do corredor, é o desmatamento desenfreado e o aterro de inúmeras nascentes. A fiscalização é pouca, portanto insuficiente para a atual demanda de danos ao meio ambiente.

Que cidade você quer para morar? As eleições estão aí: os candidatos passam pela cidade, mas as decisões tomadas por eles permanecem e podem ser irreversíveis. Verifique as propostas do seu candidato para o meio ambiente.