CARNAVAL E MEIO AMBIENTE

CLIPPING – Os portais Granja News, Agência O Globo, Agência Estado, Estadão, Terra, entre outros, publicaram o nosso texto com a cobertura do carnaval de rua o Jardim Santa Tereza da última terça-feira (28), onde o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Embu das Artes discursou e abordou a importância do meio ambiente para a qualidade de vida dos cidadãos.

Liga carnavalesca de Embu das Artes pede respeito ao meio ambiente

Presidente apontou o tema como fundamental para melhorar a qualidade de vida da população embuense, durante discurso de encerramento do carnaval

Anivaldo Laurindo, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Embu das Artes – LIESE, discursou durante o desfile de encerramento do carnaval de rua desta terça-feira (28), no bairro Santa Tereza, localizado na zona leste de Embu das Artes, onde ressaltou a importância de preservar o meio ambiente para a qualidade de vida dos cidadãos.

Anivaldo discursa para a multidão
Anivaldo discursa para a multidão

“A gente reivindica melhor qualidade de vida para todos os munícipes de Embu das Artes. Essa qualidade tem um começo, que é respeitar as bases de tudo, o meio ambiente, o meio em que vivemos”, observa Anivaldo.

A LIESE foi criada há cerca de um ano para pleitear melhorias para o carnaval da cidade e outras lutas sociais. Atualmente, é composta por blocos, como: Menino Arteiro, Unidos do Santa Tereza, Meninos do Morro, Kambinda, Zuma e o Bloco do Barata.  “Dentro do projeto, temos a pretensão de que cada bairro tenha o seu bloco e represente uma causa social”, explica José Costa, um dos fundadores do Unidos do Santa Tereza.

bateria do bloco menino arteiro (2)
Bateria do bloco menino arteiro

A festa foi organizada pela liga carnavalesca, que fez questão de manter a tradição popular mesmo sem a verba pública, que neste ano foi destinada à área de saúde, de acordo com a decisão do então prefeito interino Hugo Prado.

“O carnaval de Embu das Artes tem história, desfilamos desde o começo da década de 80”, comenta José Costa.

MEIO AMBIENTE PARA QUALIDADE DE VIDA

A questão ambiental é precária na cidade, que – entre outros fatores – enfrenta a expansão urbana sobre a vegetação, inclusive em áreas de preservação ambiental, protegidas por legislações municipais, estaduais e federais.

O avanço do desmatamento preocupa moradores e membros da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), que denuncia situações de crime ambiental para os órgãos fiscalizadores.

Segundo levantamentos do Plano Diretor da cidade, em alguns bairros da região leste, que concentram cerca de 70% da população, o percentual de área verde por habitante é inferior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece 12m² per capita.

O resultado é sentido na elevação de temperaturas, chuvas mais intensas, alagamentos e consequente redução da qualidade de vida dos moradores.

Anivaldo deixa uma reflexão: “se não priorizarmos agora o meio ambiente, como será o nosso futuro?”, finaliza o artista.

população pretigia o bloco menino arteiro
População pretigia o bloco menino arteiro

 

PALESTRA CERRADO INFINITO

CLIPPING: saiu nos portais Estadão, Agência Estado, Agência O GloboComunique-se, Primeiro Embuense e Regional News o nosso release com a cobertura do evento Cerrado Infinito,  com palestra, lançamento do livro do Projeto, do artista Daniel Caballero e passeio ao Parque Rizzo para identificar, na prática, exemplares da vegetação. Fique por dentro:

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Plantas de Cerrado Paulista são descobertas no Parque Rizzo, em Embu das Artes

Cerca de 20 espécies foram reconhecidas; Atividade prática fez parte do lançamento de livro sobre a vegetação, que sofre forte processo de extinção no Estado de São Paulo

O projeto “Cerrado Infinito”, do artista Daniel Caballero, trouxe para Embu das Artes, no último sábado (18) palestra sobre o Cerrado Paulista, lançamento de livro do projeto e ida ao Parque do Lago Francisco Rizzo para ajudar o público a conhecer e identificar espécies do bioma.

Com informações históricas, que levam a uma reflexão sobre a paisagem urbana e sua transformação, Daniel Caballero abre a palestra e compartilha com o público suas experiências de pesquisa com as plantas e a arte.

Segundo o autor, Embu das Artes foi escolhida para o lançamento do livro, intitulado “Guia de Campo dos Campos de Piratininga, ou O Que Sobrou do Cerrado Paulistano, ou Como Fazer o Seu Próprio Cerrado Infinito”, por ser uma das cidades por onde andou “em busca de plantas para o projeto, que começou em meados de 2015 e tem hoje duas estações de plantio: na Praça Homero Silva, no bairro da Pompéia, e na Escola Estadual Jardim das Camélias, Zona Leste de São Paulo”.

“Temos a preocupação de levar de volta as vegetações nativas para os lugares de origem. Cidades possuem áreas sem vegetação e áreas com vasta vegetação, mas é maioria exótica. Em um país grande como o Brasil, uma espécie da Amazônia plantada no sul será considerada exótica, pois, apesar de brasileira, está fora da sua região”, informa o artista.

BIOMA AMEAÇADO E EXTINÇÃO

O Cerrado se estende por cerca de 20% do território brasileiro, mas perde rapidamente seu habitat. No estado de São Paulo, originalmente, 14% eram de sua ocupação. Atualmente, este número encontra-se reduzido para menos de 1%.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a importância do bioma está relacionada à rica diversidade, que além de possuir abundantes aquíferos, atua na esfera alimentícia e medicinal e auxilia na recuperação do solo e áreas que sofrem erosões.

“Hoje percebemos a cidade desunida por sua vegetação. Como parte do projeto, temos a ideia fazer trilhas com vegetação nas margens, para conectar diversos pontos da cidade”, informa Daniel.

 IDENTIFICAÇÃO NA PRÁTICA

“Se encontrarmos em determinado lugar, umas 20 espécies de Cerrado, podemos afirmar que ali o bioma já foi nativo, inclusive com a presença dos animais”.

Com esta informação, o público saiu para o Parque do Lago Francisco Rizzo, região central de Embu das Artes, a fim de procurar plantas do Cerrado.

No acesso ao parque, pelo bairro Engenho Velho, o grupo se surpreendeu a cada passo da pequena trilha que conduzia ao interior. Por ela, a paisagem se transformou de capim, com plantas aqui e acolá, para um aglomerado jardim do Cerrado.

Com o uso dos sentidos visuais, de tato e olfativos, memórias foram criadas e também resgatadas da infância, como as brincadeiras com a planta “dormideira”, que fecha as folhas quando tocada.

Entre as espécies identificadas, mamona, mimosa, candeia, dormideira, quaresmeira, pixirica, orelha de onça, araçá do campo, cipó de São João, rabo de burro, carqueja, ipê amarelo, língua de tucano, gabiroba do campo e lantana roxa, foram os destaques.

O evento, realizado pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE teve o intuito de promover contato e vivência com as plantas, para resgatar valores históricos e culturais presentes na memória e identidade brasileira.

SERVIÇO

LIVRO: Guia de Campo dos Campos de Piratininga, ou O Que Sobrou do Cerrado Paulistano, ou Como Fazer o Seu Próprio Cerrado Infinito (Editora La Luz del Fuego, 182 pág., R$ 48);

AUTOR: Daniel Caballero;

VALOR: R$ 48,00

ONDE COMPRAR: os exemplares estão disponíveis em livrarias e no site: cerradoinfinito.com.br

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

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PAUTA CERRADO INFINITO

CLIPPING: o Jornal D’aqui publicou a nossa pauta convite para o evento Cerrado Infinito, realizado na SEAE no dia 18/02. Confira na íntegra:

PROJETO CERRADO INFINITO SERÁ APRESENTADO NA SEAE

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“Cerrado Infinito”, do artista Daniel Caballero, revela a beleza e a importância do bioma nativo do Planalto Paulista. A SEAE promove neste sábado, em Embu das Artes, lançamento de livro, palestra com o autor e passeio no Parque Rizzo para conhecer espécies do cerrado.

É preciso muita imaginação e algum conhecimento geográfico para acreditar que na região Metropolitana de São Paulo, no Planalto Paulista, uma área localizada no topo e à beira da Serra do Mar fosse um lugar rico em biodiversidade, por ser uma área de transição entre diferentes biomas como a mata atlântica, bosques de araucárias, extensas áreas alagadas de várzea e campos de cerrado.
“Uma amostra paradisíaca da flora e fauna de cada um desses biomas dividindo o mesmo espaço”, como descreve o artista visual Daniel Caballero.

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http://cerradoinfinito.com.br/lantana/

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Com inúmeras exposições realizadas no Brasil e no exterior, tratando da paisagem paulistana, Caballero resolveu criar uma intervenção artística para dar visibilidade à beleza do cerrado paulista. E com ela, despertar uma relação de afeto entre as pessoas e essas plantas. Ao contrário do senso comum, São Paulo teve seu começo no cerrado, os chamados Campos de Piratininga, que na época deram nome à nascente Vila de São Paulo de Piratininga.

Desse olhar atento, nasceu o projeto “Cerrado Infinito” e o livro “Guia de campo dos Campos de Piratininga ou O que sobrou do cerrado paulistano ou Como fazer seu próprio Cerrado Infinito”. Com tiragem de 1000 exemplares, assinados pelo autor, o livro será lançado em Embu das Artes no próximo sábado, dia 18, às 15h, na sede da SEAE – Sociedade Ecológica Amigos de Embu. Haverá palestra seguida de caminhada pelo Parque Rizzo para observação de espécies do cerrado, já que o próprio parque também tinha este bioma como nativo.

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http://cerradoinfinito.com.br/murici/

Quando explica a trajetória de seu trabalho, Daniel resgata de forma poética uma São Paulo ainda dos “Campos de Piratininga”, uma paisagem com pequis, muricis e guabirobas em abundância. Lobos-guará, tamanduás-bandeira e tantas outras espécies que já foram típicas daqui.

Se alguns nomes indicam essa presença como o rio Tamanduateí, o rio dos tamanduás, o reino vegetal dá as melhores pistas.
Além do processo artístico de reprodução em desenhos e ilustrações belíssimas de flores, frutos e animais, passou a resgatar, andando pela cidade, espécies raras de plantas deste bioma. Elas foram replantadas em dois locais: na Praça Homero Silva, no bairro da Pompéia, e na Escola Estadual Jardim das Camélias, Zona Leste.

“São plantas extremamente guerreiras, que sobreviveram apesar de todo o caos consequente da urbanização agressiva”, ressalta.

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Murici, planta típica de cerrado que foi praticamente extinta.

Em suas andanças, Daniel encontrou plantas que se tornaram raríssimas, mas que fizeram parte do cotidiano da cidade no passado, em locais deteriorados, com lixo, recém queimados e /ou com muita poluição, investigando em terrenos baldios no meio da cidade, assim como as marginais dos rios Pinheiros e Tietê, em busca de novas descobertas.

Despertar o afeto – “O que faço não se trata de paisagismo, nem me vejo exatamente como um ambientalista, com uma postura conservacionista, pois o Cerrado como bioma, ou seja uma comunidade animal e vegetal com características próprias já foi extinto em São Paulo. O projeto é um exercício de reflexão prática sobre a paisagem e o território da megalópole que definimos com o concreto e asfalto”, reflete o artista sobre sua ação. “Quero partilhar com as pessoas relações afetivas e culturais com essa vegetação, e estimular o debate sobre o que aconteceu aqui com a especulação imobiliária, e pensarmos enquanto ainda temos tempo a destruição do cerrado pelo agronégocio”.

Risco de extinção no Brasil – “O cerrado é um dos biomas mais antigos do planeta, com mais de 65 milhões de anos. A maioria das florestas são mais recentes, a exemplo da Mata Atlântica e Floresta Amazônica. O curioso é que ainda hoje encontramos pequenas áreas de cerrado que se mantiveram de tempos anteriores da formação desses domínios florestais, como era o caso dos Campos de Piratininga encravados no meio da mata atlântica paulista, ou dos campos de cerrado amazônicos”, explica o artista.

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Daniel Caballero

Daniel destaca ainda a complexidade em se recriar um bioma. Explica que não se trata apenas da vegetação, mas de todo um ecossistema que inclui animais, fungos entre outros organismos. Para ele, é uma ilusão se pensar que plantando árvores de fim de semana, mesmo que nativas da região,vamos recriar uma mata atlântica ou um cerrado. “Essas ações que se tornaram comuns na cidade de São Paulo são muito importantes para melhorar a biodiversidade da cidade, principalmente de insetos e pássaros, além de aumentar as áreas verdes, uma necessidade vital em alguns bairros paulistanos”. E exemplifica cintando os trabalhos do “Muda Mooca” ou do “Bora Plantar”, coletivos atuantes, entre muitos outros, na ampliação de áreas verdes da cidade com plantas nativas.

O autor faz um alerta: “Não podemos nos confundir! A preservação desses habitats passa por repensar o modelo de desenvolvimento que os destrói em escala industrial. Hoje já desapareceu mais da metade do cerrado brasileiro e a previsão dos especialistas no atual ritmo é de total colapso em 13, 15 anos. Infelizmente a solução não é tão fácil e não será plantando na cidade que vamos conservar esses ecossistemas”.

O Cerrado Infinito como trabalho de arte, atua no plano simbólico, dos afetos e do convívio, invertendo o senso comum da cidade em relação a essa paisagem, trazendo ela de volta para o cotidiano na esperança de promover uma reflexão crítica, que, na visão de Daniel, é uma das possibilidades que a arte pode despertar. “O Cerrado Infinito é um cerrado possível feito principalmente com as plantas que se adaptaram à cidade”.

capa-livroServiço:
Lançamento do livro Guia de campo dos Campos de Piratininga ou O que sobrou do cerrado paulistano ou Como fazer seu próprio Cerrado Infinito, de Daniel Caballero; (Editora La Luz del Fuego, 182 pág., R$ 48)
Palestra com o autor e passeio no Parque Rizzo para conhecer espécies do cerrado.
Data: 18 de fevereiro, sábado, às 15h
Local: Sede da Sociedade Ecológica Amigos do Embu – SEAE;
Endereço: Rua João Batista Medina, 358 – Jardim Maranhão (Mapa)
Telefone: 11 4781.6837

Por Fabíola Lago

DESMATAMENTOS EMBUARAMA

CLIPPING: saiu nos portais Primeiro EmbuenseGranjaNews e Regional News o nosso release sobre a invasão e os desmatamentos no Jardim Embuarama, Embu das Artes. Confira:

 

Mesmo após prisões e embargos, invasão e desmatamento continua no Embuarama, Embu das Artes

Ação efetuada pela Polícia Militar Ambiental resultou em duas prisões e multa no valor de 41 mil reais

embuarama_nNa última terça-feira (07), a Polícia Militar Ambiental efetuou duas prisões e multou em R$ 41.600 reais o proprietário de um terreno localizado próximo ao antigo Clube Paratodos, em Embu das Artes, por flagrante de infração ambiental em Área de Proteção Permanente.

As infrações incluem invasão, desmatamento de vegetação nativa e intervenção em área de nascentes.

A Guarda Civil Municipal (GCM) informou que quando começaram as denúncias uma equipe foi enviada ao local para proteger o ambiente, mas a mesma foi retirada após providências da PM Ambiental e do poder público.

Para Rodolfo Almeida, presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, “Parece que a única forma de resolver seria a Prefeitura desapropriar o terreno, fazer a reintegração de posse e destinar a pequena parte que não tem matas, nascentes ou encostas para um equipamento público, como escola ou posto de saúde”, revela.

Segundo informações obtidas junto à prefeitura, até o fechamento desta matéria o proprietário ainda não havia se manifestado para solicitar a reintegração de posse, o que dificultaria a ação das autoridades.

Entre os vizinhos, as desobediências aos embargos causam estranheza: “não levantaram ainda nenhuma bandeira de movimento, comentaram apenas que alguém os enviou para invadirem a área e prometeram casas”, comenta um morador que preferiu não se identificar.

Ocupações irregulares são frequentes no local. Em março do ano passado, a comercialização de lotes sem aprovação e licenciamento chamou atenção da grande imprensa. Na ocasião, após denuncias de moradores e da SEAE, o terreno foi embargado pelo Ministério Público, mas por fiscalização falha, as infrações continuaram durante todo o ano.

Em janeiro deste ano, a prefeitura conduziu uma operação pacífica de desocupação, que voltou a acontecer.

Em uma rede social, moradores também se manifestaram: “Nem o governo municipal nem PM Ambiental estão dando um jeito e a mata está sendo derrubada. É revoltante ver o que esses invasores estão fazendo”, desabafa um morador.

“Mesmo com vários embargos, nos diversos órgãos competentes e multas, uma das últimas áreas de proteção ambiental desta região de Embu das Artes, com 5 nascentes, o antigo Clube Paratodos está agonizando…  Aonde está a justiça? Esperamos que a corregedoria da promotoria pública e polícia Federal, intercedam a favor dos reclamantes”, revela a moradora.

Um processo corre na justiça desde 2011, mas até o momento o problema segue sem solução.

CAPIM VETIVER – DESLIZAMENTOS

CLIPPING: saiu nos portais: Jornal D’aquiRnewsGranja NewsTribuna 116Um Novo JornalJornal na NetAgência O GloboEstadãoAgência EstadoPortal Terra, e Exame o nosso release com as informações da palestra sobre a utilidade do Capim Vetiver para tratamento do solo de áreas degradadas por erosões, como deslizamentos. Conteúdo pra lá de interessante, confira!

+ Veja o convite deste evento

Capim ajuda a recuperar áreas e conter erosões e deslizamentos

Espécie “Vetiver” pode ser alternativa natural para enfrentar o problema de deslizamentos, típico de cidades com paisagens de morros e encostas

capim vetiverA estratégia não é nova: utilizada no mundo todo desde a década de 80, quando o Banco Mundial difundiu o conceito para cuidar de solos degradados, os resultados obtidos são surpreendentes.

Fábio Santos, biólogo, estudioso do solo do Parque do Lago Francisco Rizzo, em Embu das Artes, comenta que “a espécie possibilita a recuperação do solo exposto à erosão, como os deslizamentos que tem ocorrido no Parque Rizzo, nas áreas de talude”.

Ainda segundo o Fábio, esse capim “grampeia” o solo, prende suas raízes e rochas a camadas profundas, que podem atingir até cinco metros de extensão. “Essas raízes desenvolvem uma resistência equivalente a 1/3 do aço e essa estrutura é responsável por evitar movimentação e erosões no solo”, informa o biólogo.

A planta é bem adaptada a ambientes rústicos, não tem flores ou apelo paisagístico, pode crescer até dois metros de altura (sem poda) e demanda poucos cuidados após o plantio. Suporta variação de temperaturas que vão de -9 até 50 graus e seu cultivo pode ser feito em diferentes tipos de solos: arenoso, argiloso, com alta concentração de sal, pouco ou muito ácido, áreas alagadas, entre outros.

Apesar de ser exótica, de origem asiática, ela pode ser utilizada nos projetos de regeneração, como já ocorre com outras espécies exóticas em taludes nas margens de rodovias.

Rodolfo Almeida, presidente da presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, comenta que “A regeneração, através de meios naturais, pode devolver a segurança às comunidades de regiões com deslizamentos e, com o tempo, a vegetação nativa pode ser reintroduzida ao local, coisa que seria impossível se a erosão continuasse”.

Fábio Santos palestrou para moradores de Embu das Artes, na sede da SEAE, onde apresentou seus estudos com a planta. Foi analisado o desenvolvimento do Capim Vetiver em amostras de solo retiradas do Parque Rizzo. A conclusão do estudo demonstrou que, mesmo sem a fertilização, a espécie consegue se fixar e desenvolver, mas que apenas com a aplicação de adubo orgânico (compostagem) os resultados seriam muito superiores.

Na plateia, bastante interessada, com intensa participação, marcaram presença representantes da Defesa Civil e Guarda Civil Municipal de Embu das Artes.

Sobre a SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

OBSERVANDO OS RIOS 2017

CLIPPING: os jornais Regional NewsGranja News, Primeiro Embuense, Portal Terra e Agência O Globo, entre outros, publicaram o nosso release com a cobertura do evento especial “Observando Os Rios”, organizado pela SEAE, com participação da SOS Mata Atlântica, Anjos da Mata Atlântica e da Vereadora Rosângela Santos. Confira:

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Movimentos ambientais se reúnem para plantio de mudas nativas em Embu das Artes

A ação, que contou com a presença da vereadora Rosângela Santos, incluiu análise da qualidade de água do Ribeirão da Ressaca, limpeza e recomposição de sua margem

A tarde do último sábado (28) foi especial para moradores e para o meio ambiente de Embu das Artes: juntamente com representantes de três entidades ambientais – Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), SOS Mata Atlântica e Anjos da Mata Atlântica – um grupo ocupou o rio Ribeirão da Ressaca, na altura da região central, para participar do projeto “Observando os Rios” e aproveitaram para recompor a paisagem desmatada, com coleta de lixo e o plantio de cerca de 40 árvores nativas.

Vereadora Rosângela Santos em plantio de muda nativa
Vereadora Rosângela Santos em plantio de muda nativa

O legislativo da cidade esteve representado por meio da vereadora Rosângela Santos (PT), que tem demonstrado interesse nas causas ambientais: “gostaria de parabenizar pelo trabalho, quero conhecer mais a fundo e levar para mais pessoas e comunidades”, comenta.

A participação de crianças também foi outro ponto de destaque, uma vez que representam o futuro. Com curiosidade e atenção, elas ajudaram na verificação da água e também no plantio.

As mudas, nativas dos biomas Mata Atlântica e Cerrado Paulista, foram doadas por duas entidades: Anjos da Mata Atlântica, em parceria de produção com SEAE e Virada Eco, e pelo Sítio do Bello.

A iniciativa foi promovida pela SEAE, com o intuito de minimizar os impactos ambientais que a cidade vem sofrendo pelas intervenções urbanas. Margens desmatadas e com acúmulo de resíduos colaboraram para a ocorrência de enchentes este mês.

OBSERVANDO OS RIOS

grupo se reúne às margens do ribeirão da ressaca
Grupo se reúne às margens do ribeirão da ressaca

O projeto é realizado periodicamente, em parceria com a SOS Mata Atlântica, e faz parte do programa Rede das Águas, que desenvolveu um kit para mensurar aproximadamente 15 parâmetros que interferem na qualidade da água. Entre eles: níveis de oxigênio, fósforo, PH, odor, turbidez, presença de coliformes, bactérias, entre outros.

Os resultados são lançados no relatório “Retratos da Qualidade da Água no Brasil”, publicado anualmente.

Cesar Pegoraro, da SOS, comentou que tem acompanhado Embu das Artes há cerca de 15 anos e tem “orgulho de integrar o movimento, de ver um grupo de pessoas ainda sonhadoras, anda mobilizadas pelo bem comum, em busca da qualidade de vida social e da qualidade ambiental”.

A participação no projeto é livre e tem duração media de três horas. Mais informações no site: seaembu.org.

ALAGAMENTOS EMBU: ENTENDA

CLIPPING: saiu nos portais Jornal D’aquiJornal Na Net, Regional News, Granja News, Tribuna 116, Um Novo Jornal, Agência Globo, Agência Estado, Portal Terra o nosso release com a opinião de especialista sobre as causas dos alagamentos em Embu das Artes, recorrentes mesmo após as obras de prevenção da prefeitura, nos últimos meses de 2016. Confira abaixo:

Especialista aponta as causas dos alagamentos em Embu das Artes

Recorrências, mesmo após obras preventivas, podem estar relacionadas a aspectos naturais da localização da cidade, ignoradas no Planejamento Urbano

Ribeirão da Ressaca com lama nas margens, após obras para limpeza e desassoreamento
Ribeirão da Ressaca com lama nas margens, após obras para limpeza e desassoreamento

De acordo com o geólogo João Cristophe, “o agravamento dos fenômenos de inundações fluviais se deve, basicamente, ao fato de que a urbanização e o Plano Diretor não consideraram as características geológicas, geomorfológicas e geotécnicas do município”.

Ele explica que “a localização da cidade está em uma grande depressão tectônica, com acúmulos de materiais pesados e rochas muito susceptíveis a erosão; e seu relevo é enérgico, onde predominam encostas altamente inclinadas”.

Pelas particularidades, a região tem propensão natural ao acúmulo de água em época de chuvas fortes e deveria esperar os eventos climáticos com a preservação de suas áreas de várzeas, para minimizar os impactos.

Na prática, de acordo com o geólogo, intervenções significativas na paisagem, resultantes da forte expansão urbana pela qual a cidade passa, agravam o potencial destrutivo das enchentes: “obras civis, construção de galpões, impermeabilização do solo, cortes de morros e aterros das várzeas, são diretamente responsáveis pelo aumento de volume e concentração de águas superficiais e da erosão acentuada das encostas”, revela.

IMPACTOS NA PRÁTICA

As chuvas fortes que caíram na última semana, sobretudo nos dias 18 e 19, deixaram diversos pontos do município embaixo d’água. Especialmente na região central, por onde passam os rios Embu-Mirim e Ribeirão da Ressaca.

O mesmo aconteceu em anos anteriores. Em 2016, após ocorrências de enchentes no período chuvoso, moradores e comerciantes locais se reuniram com a prefeitura para buscar soluções. No último trimestre, os dois rios receberam obras para limpeza e desassoreamento, mas os efeitos não saíram conforme o esperado.

Ribeirão da Ressaca com trator em obra para limpeza e desassoreamento
Ribeirão da Ressaca com trator em obra para limpeza e desassoreamento

A condução do projeto de limpeza nos rios foi alvo de denúncias da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) para órgãos ambientais, por desmatamentos de mata ciliar, aterros de várzeas e depósito de resíduos nas próprias margens.

Na Rua dos Matões, paralela ao rio Ribeirão da Ressaca, moradores protestaram. “Em vez das máquinas fazerem desassoreamento, abriram as margens do rio, que ocasionaram erosões”, comenta a moradora Valéria.

A nova prefeitura tem em mãos o desafio de encontrar soluções criativas e sustentáveis para contornar o problema.

Para o geólogo João Cristophe, “não existe mágica: é preciso uma séria retomada de diretrizes na forma de um novo Plano Diretor, com propostas de ações corretivas e mitigadoras a curto, médio e longo prazo”.

CÂMARA SESSÃO EXTRA 19/12

Sessão extraordinária 19/12

A sessão extraordinária da câmara dos vereadores de Embu das Artes, marcada para esta segunda (19/12) às 10h, pode votar projeto de lei que ameaça a APA Embu Verde.

A convocação, assinada pela vereadora e vice-presidente Rosana Camargo, dá como expediente projetos de lei complementar 25/2015 e 28/2016 e de lei 60/2015 e 62/2016, mas não cita o projeto sobre a APA.

Apesar das sessões extraordinárias exigirem exclusividade de votação para a ordem do dia, o artigo 107 do regimento interno da Câmara garante a inclusão sem aviso prévio de “Requerimento de Urgência Especial.”

Fontes informaram à Sociedade Ecológica Amigos de Embu que o executivo ainda não desistiu do projeto, mesmo depois do recuo na última quarta-feira, quando, com a câmara lotada, representantes da prefeitura tentaram emplacar vários projetos em urgência especial e os vereadores não aceitaram votar de pronto, diante da repercussão.

 

PROJETO AMEAÇA APA EMBU VERDE

CLIPPING – saiu no Jornal RNEWS o nosso editorial sobre a votação que ameaça a APA Embu Verde. Confira:

 

Prefeito Chico Brito manda para Câmara projeto para redução da APA Embu Verde

Os vereadores devem votar, na sessão desta quarta-feira, 14, em regime de urgência, o Projeto de Lei Complementar 25/2016, a pedido do prefeito Chico Brito, com apenas 16 dias para o término de seu mandato.

O projeto modifica e fragiliza a proteção ambiental da APA Embu Verde.

Apesar de não constar na ordem do dia, a SEAE recebeu a informação de funcionários da prefeitura, que preferem não se identificar, por questão de segurança.

A gestão de Chico Brito e a Câmara de Vereadores têm usado com frequência o recurso de pautas urgentes para questões de interesse social e de meio ambiente, como forma de evitar o debate e a mobilização dos moradores de Embu das Artes.

Foi assim com a proposta de alteração do Plano Diretor, que reduzia a Área de Proteção de Ambiental e de interesse social, que seria dedicada à moradia popular. No entanto, organizações sociais, entidades sindicais e ambientalistas têm conseguido encher o plenário e protestar contra essas propostas.

Para a votação de hoje, uma grande mobilização já está sendo feita via redes sociais e imprensa local.

O assunto é polêmico e envolve interesses do grande capital. Desde 2008, quando a APA foi criada, o movimento ambiental luta para garantir a implementação do Plano de Manejo, que tem por finalidade proteger a área. Em dezembro de 2015, ao finalizar o documento com proteção de apenas 50% da área verde, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADU já recebia pesadas críticas, mas, mesmo um ano depois, o Plano de Manejo ainda não entrou em vigor, deixando totalmente desprotegida a área.

Os estudos técnicos que embasaram o Plano de Manejo da APA custaram cerca de 270 mil reais e seriam perdidos com a alteração.

A tensão vem aumentando desde a eleição dos novos membros do Conselho Gestor da APA, em agosto, na qual os ambientalistas conseguiram conquistar 9 das 10 cadeiras de sociedade civil. A prefeitura vinha impondo obstáculos para evitar o controle social daquele fórum.

A aprovação seria vista como uma espécie de ‘cala a boca’ ao movimento ambiental, uma vez que em outros projetos recentes, como o que alterou novamente o Plano Diretor, a prefeitura já tinha entregue a especulação imobiliária grandes lotes, modificando o zoneamento de ZIA (Zona de Interesse Ambiental) para ZEU (Zona de Expansão Urbana).

No mercado, especula-se que alterações teriam intuito de atender interesses imobiliários, uma vez que tem sido dada grande repercussão a entrada de empreendimentos, como da Cooperativa Habitacional Vida Nova, de responsabilidade do senhor José Aprígio, político do PSD.

Antes de ter decretada a prisão preventiva, o vereador e prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB) presidiu a votação do Plano Diretor e, apesar de na audiência pública ter garantido que não votaria aquele projeto em desfavor da população, ele e demais vereadores acabaram aprovando o projeto por unanimidade.

A seção desta quarta deve ser presidida pela vereadora Rosana do Arthur (PMDB), uma vez que o presidente da Câmara está foragido.

A SEAE convoca toda a população e representantes da sociedade civil a comparecer à sessão e impedir qualquer votação espúria de última hora.