DESMATAMENTOS EMBUARAMA

CLIPPING: saiu nos portais Primeiro EmbuenseGranjaNews e Regional News o nosso release sobre a invasão e os desmatamentos no Jardim Embuarama, Embu das Artes. Confira:

 

Mesmo após prisões e embargos, invasão e desmatamento continua no Embuarama, Embu das Artes

Ação efetuada pela Polícia Militar Ambiental resultou em duas prisões e multa no valor de 41 mil reais

embuarama_nNa última terça-feira (07), a Polícia Militar Ambiental efetuou duas prisões e multou em R$ 41.600 reais o proprietário de um terreno localizado próximo ao antigo Clube Paratodos, em Embu das Artes, por flagrante de infração ambiental em Área de Proteção Permanente.

As infrações incluem invasão, desmatamento de vegetação nativa e intervenção em área de nascentes.

A Guarda Civil Municipal (GCM) informou que quando começaram as denúncias uma equipe foi enviada ao local para proteger o ambiente, mas a mesma foi retirada após providências da PM Ambiental e do poder público.

Para Rodolfo Almeida, presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, “Parece que a única forma de resolver seria a Prefeitura desapropriar o terreno, fazer a reintegração de posse e destinar a pequena parte que não tem matas, nascentes ou encostas para um equipamento público, como escola ou posto de saúde”, revela.

Segundo informações obtidas junto à prefeitura, até o fechamento desta matéria o proprietário ainda não havia se manifestado para solicitar a reintegração de posse, o que dificultaria a ação das autoridades.

Entre os vizinhos, as desobediências aos embargos causam estranheza: “não levantaram ainda nenhuma bandeira de movimento, comentaram apenas que alguém os enviou para invadirem a área e prometeram casas”, comenta um morador que preferiu não se identificar.

Ocupações irregulares são frequentes no local. Em março do ano passado, a comercialização de lotes sem aprovação e licenciamento chamou atenção da grande imprensa. Na ocasião, após denuncias de moradores e da SEAE, o terreno foi embargado pelo Ministério Público, mas por fiscalização falha, as infrações continuaram durante todo o ano.

Em janeiro deste ano, a prefeitura conduziu uma operação pacífica de desocupação, que voltou a acontecer.

Em uma rede social, moradores também se manifestaram: “Nem o governo municipal nem PM Ambiental estão dando um jeito e a mata está sendo derrubada. É revoltante ver o que esses invasores estão fazendo”, desabafa um morador.

“Mesmo com vários embargos, nos diversos órgãos competentes e multas, uma das últimas áreas de proteção ambiental desta região de Embu das Artes, com 5 nascentes, o antigo Clube Paratodos está agonizando…  Aonde está a justiça? Esperamos que a corregedoria da promotoria pública e polícia Federal, intercedam a favor dos reclamantes”, revela a moradora.

Um processo corre na justiça desde 2011, mas até o momento o problema segue sem solução.

CAPIM VETIVER – DESLIZAMENTOS

CLIPPING: saiu nos portais: Jornal D’aquiRnewsGranja NewsTribuna 116Um Novo JornalJornal na NetAgência O GloboEstadãoAgência EstadoPortal Terra, e Exame o nosso release com as informações da palestra sobre a utilidade do Capim Vetiver para tratamento do solo de áreas degradadas por erosões, como deslizamentos. Conteúdo pra lá de interessante, confira!

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Capim ajuda a recuperar áreas e conter erosões e deslizamentos

Espécie “Vetiver” pode ser alternativa natural para enfrentar o problema de deslizamentos, típico de cidades com paisagens de morros e encostas

capim vetiverA estratégia não é nova: utilizada no mundo todo desde a década de 80, quando o Banco Mundial difundiu o conceito para cuidar de solos degradados, os resultados obtidos são surpreendentes.

Fábio Santos, biólogo, estudioso do solo do Parque do Lago Francisco Rizzo, em Embu das Artes, comenta que “a espécie possibilita a recuperação do solo exposto à erosão, como os deslizamentos que tem ocorrido no Parque Rizzo, nas áreas de talude”.

Ainda segundo o Fábio, esse capim “grampeia” o solo, prende suas raízes e rochas a camadas profundas, que podem atingir até cinco metros de extensão. “Essas raízes desenvolvem uma resistência equivalente a 1/3 do aço e essa estrutura é responsável por evitar movimentação e erosões no solo”, informa o biólogo.

A planta é bem adaptada a ambientes rústicos, não tem flores ou apelo paisagístico, pode crescer até dois metros de altura (sem poda) e demanda poucos cuidados após o plantio. Suporta variação de temperaturas que vão de -9 até 50 graus e seu cultivo pode ser feito em diferentes tipos de solos: arenoso, argiloso, com alta concentração de sal, pouco ou muito ácido, áreas alagadas, entre outros.

Apesar de ser exótica, de origem asiática, ela pode ser utilizada nos projetos de regeneração, como já ocorre com outras espécies exóticas em taludes nas margens de rodovias.

Rodolfo Almeida, presidente da presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, comenta que “A regeneração, através de meios naturais, pode devolver a segurança às comunidades de regiões com deslizamentos e, com o tempo, a vegetação nativa pode ser reintroduzida ao local, coisa que seria impossível se a erosão continuasse”.

Fábio Santos palestrou para moradores de Embu das Artes, na sede da SEAE, onde apresentou seus estudos com a planta. Foi analisado o desenvolvimento do Capim Vetiver em amostras de solo retiradas do Parque Rizzo. A conclusão do estudo demonstrou que, mesmo sem a fertilização, a espécie consegue se fixar e desenvolver, mas que apenas com a aplicação de adubo orgânico (compostagem) os resultados seriam muito superiores.

Na plateia, bastante interessada, com intensa participação, marcaram presença representantes da Defesa Civil e Guarda Civil Municipal de Embu das Artes.

Sobre a SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

OBSERVANDO OS RIOS 2017

CLIPPING: os jornais Regional NewsGranja News, Primeiro Embuense, Portal Terra e Agência O Globo, entre outros, publicaram o nosso release com a cobertura do evento especial “Observando Os Rios”, organizado pela SEAE, com participação da SOS Mata Atlântica, Anjos da Mata Atlântica e da Vereadora Rosângela Santos. Confira:

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Movimentos ambientais se reúnem para plantio de mudas nativas em Embu das Artes

A ação, que contou com a presença da vereadora Rosângela Santos, incluiu análise da qualidade de água do Ribeirão da Ressaca, limpeza e recomposição de sua margem

A tarde do último sábado (28) foi especial para moradores e para o meio ambiente de Embu das Artes: juntamente com representantes de três entidades ambientais – Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), SOS Mata Atlântica e Anjos da Mata Atlântica – um grupo ocupou o rio Ribeirão da Ressaca, na altura da região central, para participar do projeto “Observando os Rios” e aproveitaram para recompor a paisagem desmatada, com coleta de lixo e o plantio de cerca de 40 árvores nativas.

Vereadora Rosângela Santos em plantio de muda nativa
Vereadora Rosângela Santos em plantio de muda nativa

O legislativo da cidade esteve representado por meio da vereadora Rosângela Santos (PT), que tem demonstrado interesse nas causas ambientais: “gostaria de parabenizar pelo trabalho, quero conhecer mais a fundo e levar para mais pessoas e comunidades”, comenta.

A participação de crianças também foi outro ponto de destaque, uma vez que representam o futuro. Com curiosidade e atenção, elas ajudaram na verificação da água e também no plantio.

As mudas, nativas dos biomas Mata Atlântica e Cerrado Paulista, foram doadas por duas entidades: Anjos da Mata Atlântica, em parceria de produção com SEAE e Virada Eco, e pelo Sítio do Bello.

A iniciativa foi promovida pela SEAE, com o intuito de minimizar os impactos ambientais que a cidade vem sofrendo pelas intervenções urbanas. Margens desmatadas e com acúmulo de resíduos colaboraram para a ocorrência de enchentes este mês.

OBSERVANDO OS RIOS

grupo se reúne às margens do ribeirão da ressaca
Grupo se reúne às margens do ribeirão da ressaca

O projeto é realizado periodicamente, em parceria com a SOS Mata Atlântica, e faz parte do programa Rede das Águas, que desenvolveu um kit para mensurar aproximadamente 15 parâmetros que interferem na qualidade da água. Entre eles: níveis de oxigênio, fósforo, PH, odor, turbidez, presença de coliformes, bactérias, entre outros.

Os resultados são lançados no relatório “Retratos da Qualidade da Água no Brasil”, publicado anualmente.

Cesar Pegoraro, da SOS, comentou que tem acompanhado Embu das Artes há cerca de 15 anos e tem “orgulho de integrar o movimento, de ver um grupo de pessoas ainda sonhadoras, anda mobilizadas pelo bem comum, em busca da qualidade de vida social e da qualidade ambiental”.

A participação no projeto é livre e tem duração media de três horas. Mais informações no site: seaembu.org.

ANÁLISE DE ÁGUA + PLANTIO

No último sábado (28), a Sociedade Ecológica Amigos de Embu promoveu mais uma etapa do projeto Observando os Rios, realizado em parceria com a SOS Mata Atlântica e Anjos da Mata Atlântica.

A ação de análise de água aconteceu às margens do Ribeirão da Ressaca e também contou com o plantio de cerca de 40 mudas nativas de Mata Atlântica e Cerrado Paulista.

+ Confira aqui tudo o que rolou no evento

+ Confira aqui o álbum de fotos deste evento

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ALAGAMENTOS EMBU: ENTENDA

CLIPPING: saiu nos portais Jornal D’aquiJornal Na Net, Regional News, Granja News, Tribuna 116, Um Novo Jornal, Agência Globo, Agência Estado, Portal Terra o nosso release com a opinião de especialista sobre as causas dos alagamentos em Embu das Artes, recorrentes mesmo após as obras de prevenção da prefeitura, nos últimos meses de 2016. Confira abaixo:

Especialista aponta as causas dos alagamentos em Embu das Artes

Recorrências, mesmo após obras preventivas, podem estar relacionadas a aspectos naturais da localização da cidade, ignoradas no Planejamento Urbano

Ribeirão da Ressaca com lama nas margens, após obras para limpeza e desassoreamento
Ribeirão da Ressaca com lama nas margens, após obras para limpeza e desassoreamento

De acordo com o geólogo João Cristophe, “o agravamento dos fenômenos de inundações fluviais se deve, basicamente, ao fato de que a urbanização e o Plano Diretor não consideraram as características geológicas, geomorfológicas e geotécnicas do município”.

Ele explica que “a localização da cidade está em uma grande depressão tectônica, com acúmulos de materiais pesados e rochas muito susceptíveis a erosão; e seu relevo é enérgico, onde predominam encostas altamente inclinadas”.

Pelas particularidades, a região tem propensão natural ao acúmulo de água em época de chuvas fortes e deveria esperar os eventos climáticos com a preservação de suas áreas de várzeas, para minimizar os impactos.

Na prática, de acordo com o geólogo, intervenções significativas na paisagem, resultantes da forte expansão urbana pela qual a cidade passa, agravam o potencial destrutivo das enchentes: “obras civis, construção de galpões, impermeabilização do solo, cortes de morros e aterros das várzeas, são diretamente responsáveis pelo aumento de volume e concentração de águas superficiais e da erosão acentuada das encostas”, revela.

IMPACTOS NA PRÁTICA

As chuvas fortes que caíram na última semana, sobretudo nos dias 18 e 19, deixaram diversos pontos do município embaixo d’água. Especialmente na região central, por onde passam os rios Embu-Mirim e Ribeirão da Ressaca.

O mesmo aconteceu em anos anteriores. Em 2016, após ocorrências de enchentes no período chuvoso, moradores e comerciantes locais se reuniram com a prefeitura para buscar soluções. No último trimestre, os dois rios receberam obras para limpeza e desassoreamento, mas os efeitos não saíram conforme o esperado.

Ribeirão da Ressaca com trator em obra para limpeza e desassoreamento
Ribeirão da Ressaca com trator em obra para limpeza e desassoreamento

A condução do projeto de limpeza nos rios foi alvo de denúncias da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) para órgãos ambientais, por desmatamentos de mata ciliar, aterros de várzeas e depósito de resíduos nas próprias margens.

Na Rua dos Matões, paralela ao rio Ribeirão da Ressaca, moradores protestaram. “Em vez das máquinas fazerem desassoreamento, abriram as margens do rio, que ocasionaram erosões”, comenta a moradora Valéria.

A nova prefeitura tem em mãos o desafio de encontrar soluções criativas e sustentáveis para contornar o problema.

Para o geólogo João Cristophe, “não existe mágica: é preciso uma séria retomada de diretrizes na forma de um novo Plano Diretor, com propostas de ações corretivas e mitigadoras a curto, médio e longo prazo”.