CERRADO EMBU DAS ARTES

CLIPPING: o texto com a relação de plantas e suas utilidades foi publicado nos seguintes portais: Jornal D’aqui, Terra, Comunique-se, Agência EstadoAgência O Globo. Leia o texto abaixo:

Maravilhoso Cerrado: a importância das plantas descobertas em Embu das Artes

O município abriga resquícios do bioma que está em extinção no Estado de São Paulo

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Olhares atentos e sentidos “ligados” podem ser canais para descobertas incríveis num passeio despretensioso. Foi assim que, numa saída para o Parque do Lago Francisco Rizzo, em Embu das Artes, um grupo de moradores que tentava identificar plantas do bioma Cerrado se surpreendeu com o reconhecimento de cerca de 20 espécies.

Mas afinal, por que isso é tão importante?

Candeia
Candeia

Esta vegetação é riquíssima em diversidade e suas plantas são amplamente utilizadas para fins medicinais. O Cerrado possui exemplares que estão em cuidadosa análise por pesquisadores em busca de combinações para curar uma das doenças que afetam cada vez mais pessoas no mundo: o câncer.

Frutas como Gabiroba e Murici, por altíssimo teor anti-inflamatório e antioxidante, demonstraram resultados mais potentes do que as frutas pesquisadas nos Estados Unidos para combater a doença.

A vegetação de Cerrado é apontada também como responsável por devolver água aos aquíferos, devido às características de suas raízes. Logo, o desmatamento de suas árvores colabora para os quadros de seca, vistos com mais frequência e alertados por pesquisadores.

Podemos entender as plantas deste bioma como uma ferramenta essencial para a saúde dos seres vivos, mas, apesar de tamanho protagonismo científico, está ameaçado por extinção. Somente no Estado de São Paulo, restam menos de 1% da quantidade original, que era em torno de 14%.

QUEM GANHA COM A PRESERVAÇÃO DO CERRADO?

Embu das Artes é um município privilegiado, com vegetação de Mata Atlântica e Cerrado. Este último, ainda pouco explorado na região, precisa de estudos, mapeamentos e projetos de preservação.

Orelha de Onça
Orelha de Onça

O simples fato de preservar determinado bioma colabora com a renovação do ar, da água e atrai os animais típicos que, por sua vez, ajudam a manter a floresta, por meio do espalhamento de sementes.

Ao manter uma área em extinção preservada, é possível abranger diversos ângulos de políticas públicas, pois se torna possível a arrecadação de fundos para a sua manutenção e instalação de projetos científicos, turísticos, educativos, socioambientais, econômicos, entre outros.

CONHEÇA UM POUCO DA IMPORTÂNCIA DE ALGUMAS DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NO PARQUE RIZZO:

Araçá do campo (psidium cattleyanwn): trata-se de um arbusto muito especial, amplamente utilizado no reflorestamento, com propriedades medicinais e também alimentícias. Seu fruto é doce e saboroso, utilizado ao natural ou em doces, massas e geleias. As folhas possuem ativos adstringentes e anti-inflamatórios. Já a sua madeira é muito forte, aproveitada em vigas, ferramentas e carvão. Da raiz, pode-se obter efeitos diuréticos e de combate à diarreia.

Cambará Roxo (lantana fucata): pequeno arbusto com flores e folhas cuja importância medicinal está ligada ao trato da gripe, bronquite, problemas respiratórios em geral.

Candeia (gochnatia polymorpha): as folhas desta árvore são utilizadas na indústria farmacêutica para tratamento de problemas respiratórios.  Da madeira, bastante utilizada por sua força, produz-se também óleo. A planta é uma boa opção para paisagismo e reflorestamento.

Carqueja
Carqueja

Carqueja (baccharis trimera): possui visual bonito e delicado. Além de paisagismo e jardinagem, costuma ser utilizada como medicamento para problemas de ordem estomacal.

Cipó de São João (pyrostegia venusta): as folhas desta espécie são utilizadas em infusão para tratar gripes, reumatismo, e doença de pele vitiligo.

Dormideira
Dormideira

Dormideira (mimosa pudica): é uma planta da família das ervilhas que, quando tocada, suas folhas se fecham. Ela é comercializada em casa de chás naturais, indicada para combate à dor de cabeça, problemas do fígado e como laxante.

Gabiroba do Campo (campomanesia xanthocarpa): tem uma delicada flor branca e frutos ricos em vitamina C. Podem ser consumidos ao natural ou preparados como doces e geleias. A infusão de suas folhas combate a gripe. Já o chá das cascas da árvore é usado para problemas urinários. Com alto poder antioxidante, a planta também é utilizada em cosméticos.

Ipê Amarelo (ipezinho do cerrado): uma linda árvore, com floração em cores vibrantes. Da casca do seu tronco, faz-se infusão ou xarope para o tratamento de gripes. Das folhas, podem-se tratar problemas intestinais, pois possui efeito laxante.

Juqueri [mimosa]
Juqueri [mimosa]
Juqueri (mimosa polycarpa): costuma ser visitada por abelhas e pode ser usada em jardinagem, para enfeitar, ou como cercas vivas.

Língua de Tucano (eryngium paniculatum): sua aparência lembra a coroa de um abacaxi, exceto pelo caule desproporcional da flor, que cresce bem no centro de sua folhagem. Suas folhas são utilizadas como diurético.

Mimosa Amarela (daleoides): suas lindas flores amarelas atraem abelhas e são ideais para jardinagem e paisagismo.

Pixirica (leandra erostrata): é um arbusto muito especial: além das flores que encantam aos olhos, serve também como alimento. São pequenos frutos azulados, de sabor adocicado que, em receitas de bolos ou doces, podem substituir o blueberry (mirtilo).

Quaresmeirinha (tibouchina aegopogon): com lindas flores roxas e porte pequeno, a planta é indicada para recuperação e reflorestamento em espaços urbanos, jardinagem e paisagismo. No interior de Minas Gerais, seu tronco é utilizado para lenha.

Capim Rabo de Burro
Capim Rabo de Burro

Rabo de burro (schizachyrium condensatum): a raiz deste capim possui propriedades emolientes. Sua beleza está nos detalhes, quando plumas ocupam as pontas, por isso pode ser utilizada no paisagismo.

SOBRE A SEAE

O grupo foi conduzido pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, como parte do projeto “Cerrado Infinito”, do artista Daniel Caballero, e teve o intuito de promover contato e vivência com as plantas, para resgatar valores históricos e culturais presentes na memória e identidade brasileira.

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

COMUNICADO Assembleia Extraordinária

Na Assembleia Geral Extraordinária será submetido a aprovação de novo Diretor Financeiro

Prezados Associados!

Com referência à nossa próxima Assembleia Geral Extraordinária que se realizará no dia 08/04/2017, informamos que terminado o prazo para inscrições para a vaga de Diretor Financeiro tivemos a inscrição de uma candidata – Sra. Teresa Kimijima Raupp.

Havendo apenas uma inscrição não haverá necessidade de debate entre candidatos como previsto em estatuto.

Assim sendo a Sra. Teresa Kimijima Raupp está indicada para ocupar a vaga de Diretor Financeiro e será submetida à aprovação dos associados no dia da Assembléia.

PAUTA OFICINA COMPOSTAGEM

CLIPPING: saiu nos portais Ciclo VivoJornal D’aqui, Jornal na Net, Primeiro Embuense, Tribuna 116, Agência Estado, Agência O Globo, Terra a nossa sugestão de pauta para o evento Oficina de Compostagem Doméstica, a ser realizado no dia 08/04/2017.

+ Assista ao vídeo do evento

+ Veja o convite deste evento

 

Oficina de Compostagem Doméstica busca refletir as relações do homem com o meio ambiente

Evento acontece dia 08 de abril em Embu das Artes

Oficina de Compostagem doméstica (5)Estão abertas as inscrições para a “Oficina de Compostagem Doméstica”, que acontecerá no dia 08 de abril, às 14h, na Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), que fica na região central de Embu das Artes, município da Grande São Paulo. O evento será conduzido por Cauê Vida, Biólogo e Gestor Ambiental da empresa O Bicho Biotrips Ecoturismo e Educação Ambiental.

O objetivo da atividade é propor aos participantes a reflexão sobre seu papel na comunidade, suas relações com o outro e com o consumo; promover a consciência sobre o reaproveitamento máximo dos resíduos orgânicos que comumente viram lixo, como sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes.

A oficina vai fornecer os conhecimentos necessários para transformar os resíduos em um poderoso composto orgânico, ideal para adubar o solo para manutenção e plantio de jardins, hortas, vasos, entre outros. Uma alternativa para o uso do produto composto é a sua comercialização, possibilidade que colabora com o fortalecimento da economia familiar.

Da teoria a prática, as aulas ensinarão o público a fazer com segurança, passo a passo, uma composteira em sua própria residência, com eficiência, baixo custo e uso de materiais residuais do cotidiano.

SERVIÇO

OFICINA DE COMPOSTAGEM DOMÉSTICA

Quando: 08 de Abril, às 14h

Onde: Sociedade Ecologica Amigos de Embu
Local: Avenida João Batista Medina, 358, Embu das Artes

Valor: R$ 25,00 [incluso coffee break, oficina e certificado de 4h]

Inscrições e mais informações: https://seae-embu.org/anterior | (11) 4781-6837

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

SOBRE A BICHO BIOTRIPS

É uma agência e operadora de turismo, especializada em roteiros de estudo de campo e do meio ambiente, para proporcionar o encontro do conhecimento com a vivência, e utiliza o Ecoturismo como uma ferramenta de Educação Ambiental e conservação dos ambientes naturais.

 INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Rodolfo Almeida
PRESIDENTE da Sociedade Ecológica Amigos de Embu
11 4781-6837 | 99931.4904
contato@seae-embu.org

Silvia Vieira Martins
COMUNICAÇÃO
11 99816.8461
silvia.comunica@gmail.com

SANEAMENTO ECOLÓGICO

PALESTRA GRATUITA INTRODUÇÃO AO SANEAMENTO ECOLÓGICO

Para comemorar o Dia Mundial da Floresta e o Dia Mundial da Água, nosso presidente, Rodolfo Almeida, que é estudioso do tema Saneamento Básico Ecológico, compartilhou seus conhecimentos sobre como tratar água e esgoto em casa, de maneira natural, sem poluir o meio ambiente. Realizada na SEAE, dia 21/03/2017.

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CARNAVAL E MEIO AMBIENTE

CLIPPING – Os portais Granja News, Agência O Globo, Agência Estado, Estadão, Terra, entre outros, publicaram o nosso texto com a cobertura do carnaval de rua o Jardim Santa Tereza da última terça-feira (28), onde o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Embu das Artes discursou e abordou a importância do meio ambiente para a qualidade de vida dos cidadãos.

Liga carnavalesca de Embu das Artes pede respeito ao meio ambiente

Presidente apontou o tema como fundamental para melhorar a qualidade de vida da população embuense, durante discurso de encerramento do carnaval

Anivaldo Laurindo, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Embu das Artes – LIESE, discursou durante o desfile de encerramento do carnaval de rua desta terça-feira (28), no bairro Santa Tereza, localizado na zona leste de Embu das Artes, onde ressaltou a importância de preservar o meio ambiente para a qualidade de vida dos cidadãos.

Anivaldo discursa para a multidão
Anivaldo discursa para a multidão

“A gente reivindica melhor qualidade de vida para todos os munícipes de Embu das Artes. Essa qualidade tem um começo, que é respeitar as bases de tudo, o meio ambiente, o meio em que vivemos”, observa Anivaldo.

A LIESE foi criada há cerca de um ano para pleitear melhorias para o carnaval da cidade e outras lutas sociais. Atualmente, é composta por blocos, como: Menino Arteiro, Unidos do Santa Tereza, Meninos do Morro, Kambinda, Zuma e o Bloco do Barata.  “Dentro do projeto, temos a pretensão de que cada bairro tenha o seu bloco e represente uma causa social”, explica José Costa, um dos fundadores do Unidos do Santa Tereza.

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Bateria do bloco menino arteiro

A festa foi organizada pela liga carnavalesca, que fez questão de manter a tradição popular mesmo sem a verba pública, que neste ano foi destinada à área de saúde, de acordo com a decisão do então prefeito interino Hugo Prado.

“O carnaval de Embu das Artes tem história, desfilamos desde o começo da década de 80”, comenta José Costa.

MEIO AMBIENTE PARA QUALIDADE DE VIDA

A questão ambiental é precária na cidade, que – entre outros fatores – enfrenta a expansão urbana sobre a vegetação, inclusive em áreas de preservação ambiental, protegidas por legislações municipais, estaduais e federais.

O avanço do desmatamento preocupa moradores e membros da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), que denuncia situações de crime ambiental para os órgãos fiscalizadores.

Segundo levantamentos do Plano Diretor da cidade, em alguns bairros da região leste, que concentram cerca de 70% da população, o percentual de área verde por habitante é inferior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece 12m² per capita.

O resultado é sentido na elevação de temperaturas, chuvas mais intensas, alagamentos e consequente redução da qualidade de vida dos moradores.

Anivaldo deixa uma reflexão: “se não priorizarmos agora o meio ambiente, como será o nosso futuro?”, finaliza o artista.

população pretigia o bloco menino arteiro
População pretigia o bloco menino arteiro

 

PALESTRA CERRADO INFINITO

CLIPPING: saiu nos portais Estadão, Agência Estado, Agência O GloboComunique-se, Primeiro Embuense e Regional News o nosso release com a cobertura do evento Cerrado Infinito,  com palestra, lançamento do livro do Projeto, do artista Daniel Caballero e passeio ao Parque Rizzo para identificar, na prática, exemplares da vegetação. Fique por dentro:

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Plantas de Cerrado Paulista são descobertas no Parque Rizzo, em Embu das Artes

Cerca de 20 espécies foram reconhecidas; Atividade prática fez parte do lançamento de livro sobre a vegetação, que sofre forte processo de extinção no Estado de São Paulo

O projeto “Cerrado Infinito”, do artista Daniel Caballero, trouxe para Embu das Artes, no último sábado (18) palestra sobre o Cerrado Paulista, lançamento de livro do projeto e ida ao Parque do Lago Francisco Rizzo para ajudar o público a conhecer e identificar espécies do bioma.

Com informações históricas, que levam a uma reflexão sobre a paisagem urbana e sua transformação, Daniel Caballero abre a palestra e compartilha com o público suas experiências de pesquisa com as plantas e a arte.

Segundo o autor, Embu das Artes foi escolhida para o lançamento do livro, intitulado “Guia de Campo dos Campos de Piratininga, ou O Que Sobrou do Cerrado Paulistano, ou Como Fazer o Seu Próprio Cerrado Infinito”, por ser uma das cidades por onde andou “em busca de plantas para o projeto, que começou em meados de 2015 e tem hoje duas estações de plantio: na Praça Homero Silva, no bairro da Pompéia, e na Escola Estadual Jardim das Camélias, Zona Leste de São Paulo”.

“Temos a preocupação de levar de volta as vegetações nativas para os lugares de origem. Cidades possuem áreas sem vegetação e áreas com vasta vegetação, mas é maioria exótica. Em um país grande como o Brasil, uma espécie da Amazônia plantada no sul será considerada exótica, pois, apesar de brasileira, está fora da sua região”, informa o artista.

BIOMA AMEAÇADO E EXTINÇÃO

O Cerrado se estende por cerca de 20% do território brasileiro, mas perde rapidamente seu habitat. No estado de São Paulo, originalmente, 14% eram de sua ocupação. Atualmente, este número encontra-se reduzido para menos de 1%.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a importância do bioma está relacionada à rica diversidade, que além de possuir abundantes aquíferos, atua na esfera alimentícia e medicinal e auxilia na recuperação do solo e áreas que sofrem erosões.

“Hoje percebemos a cidade desunida por sua vegetação. Como parte do projeto, temos a ideia fazer trilhas com vegetação nas margens, para conectar diversos pontos da cidade”, informa Daniel.

 IDENTIFICAÇÃO NA PRÁTICA

“Se encontrarmos em determinado lugar, umas 20 espécies de Cerrado, podemos afirmar que ali o bioma já foi nativo, inclusive com a presença dos animais”.

Com esta informação, o público saiu para o Parque do Lago Francisco Rizzo, região central de Embu das Artes, a fim de procurar plantas do Cerrado.

No acesso ao parque, pelo bairro Engenho Velho, o grupo se surpreendeu a cada passo da pequena trilha que conduzia ao interior. Por ela, a paisagem se transformou de capim, com plantas aqui e acolá, para um aglomerado jardim do Cerrado.

Com o uso dos sentidos visuais, de tato e olfativos, memórias foram criadas e também resgatadas da infância, como as brincadeiras com a planta “dormideira”, que fecha as folhas quando tocada.

Entre as espécies identificadas, mamona, mimosa, candeia, dormideira, quaresmeira, pixirica, orelha de onça, araçá do campo, cipó de São João, rabo de burro, carqueja, ipê amarelo, língua de tucano, gabiroba do campo e lantana roxa, foram os destaques.

O evento, realizado pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE teve o intuito de promover contato e vivência com as plantas, para resgatar valores históricos e culturais presentes na memória e identidade brasileira.

SERVIÇO

LIVRO: Guia de Campo dos Campos de Piratininga, ou O Que Sobrou do Cerrado Paulistano, ou Como Fazer o Seu Próprio Cerrado Infinito (Editora La Luz del Fuego, 182 pág., R$ 48);

AUTOR: Daniel Caballero;

VALOR: R$ 48,00

ONDE COMPRAR: os exemplares estão disponíveis em livrarias e no site: cerradoinfinito.com.br

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

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CERRADO INFINITO

A SEAE realizou, no dia 18/02, o Projeto Cerrado Infinito, com palestra sobre o programa, lançamento de livro sobre as plantas do Cerrado e passeio ao Parque do Lago Francisco Rizzo para identificar exemplares na prática.

Dezenas de pessoas participaram e se encantaram com a interatividade e sensibilidade do projeto.

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Cópia de Daniel Caballero 1

 

PAUTA CERRADO INFINITO

CLIPPING: o Jornal D’aqui publicou a nossa pauta convite para o evento Cerrado Infinito, realizado na SEAE no dia 18/02. Confira na íntegra:

PROJETO CERRADO INFINITO SERÁ APRESENTADO NA SEAE

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“Cerrado Infinito”, do artista Daniel Caballero, revela a beleza e a importância do bioma nativo do Planalto Paulista. A SEAE promove neste sábado, em Embu das Artes, lançamento de livro, palestra com o autor e passeio no Parque Rizzo para conhecer espécies do cerrado.

É preciso muita imaginação e algum conhecimento geográfico para acreditar que na região Metropolitana de São Paulo, no Planalto Paulista, uma área localizada no topo e à beira da Serra do Mar fosse um lugar rico em biodiversidade, por ser uma área de transição entre diferentes biomas como a mata atlântica, bosques de araucárias, extensas áreas alagadas de várzea e campos de cerrado.
“Uma amostra paradisíaca da flora e fauna de cada um desses biomas dividindo o mesmo espaço”, como descreve o artista visual Daniel Caballero.

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http://cerradoinfinito.com.br/lantana/

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Lantana

Com inúmeras exposições realizadas no Brasil e no exterior, tratando da paisagem paulistana, Caballero resolveu criar uma intervenção artística para dar visibilidade à beleza do cerrado paulista. E com ela, despertar uma relação de afeto entre as pessoas e essas plantas. Ao contrário do senso comum, São Paulo teve seu começo no cerrado, os chamados Campos de Piratininga, que na época deram nome à nascente Vila de São Paulo de Piratininga.

Desse olhar atento, nasceu o projeto “Cerrado Infinito” e o livro “Guia de campo dos Campos de Piratininga ou O que sobrou do cerrado paulistano ou Como fazer seu próprio Cerrado Infinito”. Com tiragem de 1000 exemplares, assinados pelo autor, o livro será lançado em Embu das Artes no próximo sábado, dia 18, às 15h, na sede da SEAE – Sociedade Ecológica Amigos de Embu. Haverá palestra seguida de caminhada pelo Parque Rizzo para observação de espécies do cerrado, já que o próprio parque também tinha este bioma como nativo.

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http://cerradoinfinito.com.br/murici/

Quando explica a trajetória de seu trabalho, Daniel resgata de forma poética uma São Paulo ainda dos “Campos de Piratininga”, uma paisagem com pequis, muricis e guabirobas em abundância. Lobos-guará, tamanduás-bandeira e tantas outras espécies que já foram típicas daqui.

Se alguns nomes indicam essa presença como o rio Tamanduateí, o rio dos tamanduás, o reino vegetal dá as melhores pistas.
Além do processo artístico de reprodução em desenhos e ilustrações belíssimas de flores, frutos e animais, passou a resgatar, andando pela cidade, espécies raras de plantas deste bioma. Elas foram replantadas em dois locais: na Praça Homero Silva, no bairro da Pompéia, e na Escola Estadual Jardim das Camélias, Zona Leste.

“São plantas extremamente guerreiras, que sobreviveram apesar de todo o caos consequente da urbanização agressiva”, ressalta.

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Murici, planta típica de cerrado que foi praticamente extinta.

Em suas andanças, Daniel encontrou plantas que se tornaram raríssimas, mas que fizeram parte do cotidiano da cidade no passado, em locais deteriorados, com lixo, recém queimados e /ou com muita poluição, investigando em terrenos baldios no meio da cidade, assim como as marginais dos rios Pinheiros e Tietê, em busca de novas descobertas.

Despertar o afeto – “O que faço não se trata de paisagismo, nem me vejo exatamente como um ambientalista, com uma postura conservacionista, pois o Cerrado como bioma, ou seja uma comunidade animal e vegetal com características próprias já foi extinto em São Paulo. O projeto é um exercício de reflexão prática sobre a paisagem e o território da megalópole que definimos com o concreto e asfalto”, reflete o artista sobre sua ação. “Quero partilhar com as pessoas relações afetivas e culturais com essa vegetação, e estimular o debate sobre o que aconteceu aqui com a especulação imobiliária, e pensarmos enquanto ainda temos tempo a destruição do cerrado pelo agronégocio”.

Risco de extinção no Brasil – “O cerrado é um dos biomas mais antigos do planeta, com mais de 65 milhões de anos. A maioria das florestas são mais recentes, a exemplo da Mata Atlântica e Floresta Amazônica. O curioso é que ainda hoje encontramos pequenas áreas de cerrado que se mantiveram de tempos anteriores da formação desses domínios florestais, como era o caso dos Campos de Piratininga encravados no meio da mata atlântica paulista, ou dos campos de cerrado amazônicos”, explica o artista.

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Daniel Caballero

Daniel destaca ainda a complexidade em se recriar um bioma. Explica que não se trata apenas da vegetação, mas de todo um ecossistema que inclui animais, fungos entre outros organismos. Para ele, é uma ilusão se pensar que plantando árvores de fim de semana, mesmo que nativas da região,vamos recriar uma mata atlântica ou um cerrado. “Essas ações que se tornaram comuns na cidade de São Paulo são muito importantes para melhorar a biodiversidade da cidade, principalmente de insetos e pássaros, além de aumentar as áreas verdes, uma necessidade vital em alguns bairros paulistanos”. E exemplifica cintando os trabalhos do “Muda Mooca” ou do “Bora Plantar”, coletivos atuantes, entre muitos outros, na ampliação de áreas verdes da cidade com plantas nativas.

O autor faz um alerta: “Não podemos nos confundir! A preservação desses habitats passa por repensar o modelo de desenvolvimento que os destrói em escala industrial. Hoje já desapareceu mais da metade do cerrado brasileiro e a previsão dos especialistas no atual ritmo é de total colapso em 13, 15 anos. Infelizmente a solução não é tão fácil e não será plantando na cidade que vamos conservar esses ecossistemas”.

O Cerrado Infinito como trabalho de arte, atua no plano simbólico, dos afetos e do convívio, invertendo o senso comum da cidade em relação a essa paisagem, trazendo ela de volta para o cotidiano na esperança de promover uma reflexão crítica, que, na visão de Daniel, é uma das possibilidades que a arte pode despertar. “O Cerrado Infinito é um cerrado possível feito principalmente com as plantas que se adaptaram à cidade”.

capa-livroServiço:
Lançamento do livro Guia de campo dos Campos de Piratininga ou O que sobrou do cerrado paulistano ou Como fazer seu próprio Cerrado Infinito, de Daniel Caballero; (Editora La Luz del Fuego, 182 pág., R$ 48)
Palestra com o autor e passeio no Parque Rizzo para conhecer espécies do cerrado.
Data: 18 de fevereiro, sábado, às 15h
Local: Sede da Sociedade Ecológica Amigos do Embu – SEAE;
Endereço: Rua João Batista Medina, 358 – Jardim Maranhão (Mapa)
Telefone: 11 4781.6837

Por Fabíola Lago