NOVA APROVAÇÃO PLANO MANEJO

 

Em Embu das Artes, Plano de Manejo tem nova aprovação com nove abstenções

Sociedade Ecológica Amigos de Embu se absteve do voto; entenda o porquê

Por Rodolfo Almeida

Na última quarta-feira, 20 de setembro, ocorreu em Embu das Artes a assembleia extraordinária conjunta dos conselhos COMAM (Conselho Municipal do Meio Ambiente) e CGAEV (Conselho da Área de Proteção Ambiental Embu Verde), para tratar da delicada pauta “Aprovação do Plano de Manejo da APA Embu Verde”.

O tema proposto pode causar estranheza, uma vez que o documento já foi aprovado pelos conselhos, no final de 2015, mas seu teor mereceu novas avaliações devido ao seu estado incompleto e com erros.

A nova aprovação ocorreu por 11 votos favoráveis, sendo 10 de representantes da prefeitura, mais a ACISE (Associação Comercial e Industrial de Embu das Artes), contra nove votos de representantes da sociedade civil, entre eles a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), que se abstiveram por entenderem que o documento ainda não está terminado.

Considerações da SEAE

Entendemos que o Plano de Manejo é fundamental para a preservação da APA Embu Verde, pois ainda que longe o ideal ele promove alguma proteção ambiental, mas artigos de grande importância – especialmente os que protegiam a APA de alterações nocivas do Plano Diretor – foram estranhamente deixados de fora das correções necessárias.

Desse modo, nos vimos sem opção, pois se votássemos a favor, estaríamos de acordo com a aprovação de algo incompleto e ilegal, então nos abstivemos da votação, com justificativa. Acreditamos que uma nova aprovação do Plano de Manejo deveria ser proposta somente quando todas as 56 páginas de apontamentos da Fundação Florestal fossem reparadas.

Entenda

Apesar de, na época, a prefeitura ter forçado a votação nos Conselhos, o documento foi reprovado na segunda fase, que é feita pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo. O órgão barrou o documento e a ação rendeu um relatório técnico com 56 páginas de considerações importantes a serem reparadas pelo município.

Desde então, prefeitura e Ferma (empresa contratada para conduzir a elaboração do documento) vêm atuando para corrigir os erros, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Mais especificamente, 16 páginas.

Conforme informações apuradas ela SEAE, a prefeitura corre o sério risco de ter de devolver cerca de 250 mil reais que obteve para desenvolver o Plano de Manejo, por atraso na entrega do documento que já dura cerca de três anos. A situação a colocaria como inadimplente, além de impedida de obter novos financiamentos e repasses de verba.

Como o prazo dado pela Fundação Florestal para as devidas correções está em vias finais, a prefeitura espera que a o órgão aceite suas justificativas e aprove, apesar dos problemas ainda restantes em 16 páginas.

Agora o Plano será novamente avaliado pela Fundação Florestal e, caso seja aprovado, se tornará projeto de lei a vai a aprovação da Câmara de Vereadores.

 

CURSO SANEAMENTO ECO

CLIPPING: o texto sobre o curso a ser realizado no próximo sábado, dia 19, saiu nos portais: Ciclo Vivo, Revista TAE, Rnews, Terra, Agência O Globo.

Curso sobre saneamento ecológico será ministrado em Embu das Artes

O tema defende o uso de plantas no tratamento do esgoto para ajudar a reduzir a poluição dos rios

Stone wash basin found in Japanese gardens. Annex landscape thing of a Japanese garden. Washbowl for a tea-ceremony room
Foto: iStock by Getty Images

No próximo sábado (19), o bairro Fazenda Atalaia, localizado em Embu das Artes, município da Região Metropolitana de São Paulo, receberá o curso “Saneamento Ecológico – Wetlands Construídos”, realizado pelo canal Infraverde em parceria com a Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE.

O curso apresentará teoria e prática sobre os fundamentos do saneamento básico e técnicas ecológicas para o tratamento do esgoto em residências. A prática inclui a interação dos participantes na montagem de tubulação, preenchimento do tanque e plantio de plantas macrófitas.

O tema será ministrado pelo empresário e ambientalista Rodolfo Almeida, diretor do Canal Infraverde e presidente da SEAE, que conduzirá o curso com abordagem simples, de forma que todo o cidadão interessado possa realizar as práticas em sua residência, mesmo sem conhecimentos técnicos ou prévios.

Segundo Rodolfo, os custos para a instalação de um projeto residencial com técnicas ecológicas são similares ou até menores do que o tradicional, e os resultados são ser melhores.

Sua afirmação é embasada em pesquisas e estudos de trabalhos realizados na Universidade de São Paulo (USP), que “comprovam que plantas filtrantes agem com mais eficiência no tratamento do esgoto do que o sistema tradicional. Ao final do ciclo, a água volta mais limpa para o meio ambiente e ajuda a reduzir a poluição dos rios”, informa o palestrante.

O curso tem 20 vagas, sendo cinco gratuitas, destinadas para moradores de comunidades do bairro Fazenda Atalaia. Associados da SEAE têm desconto de R$ 50,00 e parte do valor arrecadado será revertido para a manutenção da ONG.

SERVIÇO

Curso “Saneamento Ecológico – Wetlands Construídos”

Data: 19/08/2017, das 08h às 18h

Local: Fazenda Atalaia, Embu das Artes (local será divulgado aos inscritos).

Mais informações e inscrições:

http://infraverde.com.br/curso-saneamento-ecologico-wetlands-construidos

 

SOBRE A INFRAVERDE

A Infraverde difunde informações de Infraestrutura Verde, como técnicas para mitigar os impactos da sociedade na água, ar e solo, por meio de tecnologias que se inspiram na natureza. Atua com serviços ambientais para projetos paisagísticos, paisagismo funcional e beleza ao ambiente construído.

SOBRE RODOLFO ALMEIDA

Empresário, ambientalista, presidente da OSCIP Sociedade Ecológica Amigos de Embu e diretor do Canal Infra Verde. Conselheiro nos conselhos COMAM – Conselho do Meio Ambiente Municipal de Embu das artes, CGAEV – Conselho Gestor da APA Embu Verde, RBCV – Reserva da Biosfera do Cinturão verde de São Paulo, CBH-AT – Comitê de Bacia Hidrográfica Alto Tietê.

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

Curso de saneamento ecológico – 19/8

Curso foi realizado pela Infraverde em parceria com a SEAE. Além do desconto aos sócios da SEAE, parte da renda também será revertida para a manutenção da entidade.

SANEAMENTOO Curso

Os wetlands construídos, também chamados de zona de raízes ou jardins filtrantes são uma opção econômica e eficiente para o tratamento de esgoto doméstico unifamiliar, seja rural ou urbano. Ela pode tratar águas cinzas e águas negras e libera um efluente em qualidade muito superior aos demais tratamentos similares.

O curso visa trazer os fundamentos do saneamento básico, as técnicas ecológicas de tratamento e sua aplicação residencial de forma prática. Não exige pré-requisitos, sendo adequado a todo tipo de pessoa que queira aprender a implantar e não apenas a profissionais da área.

Dentre as referências que vamos citar no curso está a Dissertação de Mestrado “Avaliação de um sistema descentralizado de tratamento de esgotos domésticos em escala real composto por tanque séptico e wetland construída híbrida.” de Alexandre Antonio Jacob de Mendonça que gentilmente publicou em seu trabalho detalhes técnicos e construtivos do sistema.

Vamos montar na prática um wetland em uma moradia da comunidade da Fazenda Atalaia em Embu das Artes – SP. O local já recebeu os preparativos mais grosseiros e juntos faremos a montagem da tubulação, preenchimento do tanque e plantio das espécies de macrófitas selecionadas.

Conteúdo:

  • Conceitos de saneamento básico
  • Águas cinzas e águas negras
  • Conceito do saneamento ecológico
  • Comparação de sistemas de tratamento
    • Bacia de Evapotranspiração
    • Biodigestor e Biosistema Integrado
    • Fossa séptica
    • Fossa biodigestora
    • Circulo de bananeiras
    • Wetlands construídos
  • Conceito Wetlands Construídos (Zona de raízes)
  • Plantas para wetlands
  • Destinação do efluente
  • Instruções para montagem do sistema
    • Planta arquitetônica e vista em corte
  • Montagem prática em escala real

Vagas

  • Vagas normal: 20 vagas (5 sociais)
  • Vagas sociais: 5 vagas para pessoas carentes da comunidade fazenda Atalaia.

Local:

  • Embu das Artes – SP
  • Sitio na comunidade Fazenda Atalaia (vamos enviar endereço completo após inscrição)
  • 45 minutos de carro do metrô Butantã – Local sem trasporte publico (favor avisar quem precisar de carona do centro do Embu)

Data:

  • 19/8 – das 8h as 18h

Incluso

  • Almoço, lanche da tarde, material impresso, link download de referencias, certificado de conclusão.

Investimento

  • Valor normal: 300,00
  • Sócio da SEAE: 250,00
  • Pagamento via Pagseguro em até 2 X

Inscrição

Realização e Quem Somos

  • Infraverde – A Infraverde difunde informações de Infraestrutura Verde, ou seja, técnicas de para mitigar os impactos da sociedade na água, ar e solo através de tecnologias que se inspiram na natureza. Já catalogamos e disponibilizamos gratuitamente diversas cartilhas, estudos e manuais de terceiros que permitem que qualquer um inicie os trabalhos na área independentemente do curso.
  • SEAE – A Sociedade Ecológica Amigos de Embu é uma OSCIP Sócio Ambiental com mais de 44 anos na defesa do meio ambiente e difusão de informações economia criativa, agroecologia, permacultura e outros.
  • Facilitação: Rodolfo Almeida, Empresário, ambientalista, presidente da OSCIP SEAE – Sociedade Ecológica Amigos de Embu e diretor do Canal InfraVerde. Conselheiro nos conselhos COMAM – Conselho do Meio Ambiente Municipal de Embu das artes, CGAEV – Conselho Gestor da APA Embu Verde, RBCV – Reserva da Biosfera do Cinturão verde de São Paulo, CBH-AT – Comitê de Bacia Hidrográfica Alto Tietê.

Horta no Jd República

 

Em Embu das Artes, Jardim Nova República e São Marcos recebem oficina de horta

O projeto contempla um novo bairro a cada semana

horta no Jardim Nova República
horta no Jardim Nova República

No município de Embu das Artes, situado na região oeste da Grande São Paulo, um projeto ambiental, realizado pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente, da prefeitura e Fundo Social de Solidariedade, leva oficinas de horta em garrafa pet para os bairros da cidade.

Os bairros Jardim Nova República e São Marcos foram os contemplados nos dias 27 de julho e 03 de agosto, onde compareceram cerca de 40 pessoas, entre jovens e adultos.

horta em escola do São Marcos

Um dos principais objetivos das oficinas é incentivar e capacitar os cidadãos a produzirem temperos, hortaliças e flores em pequenos espaços. O projeto “Horta Pet” é realizado há cerca de dois anos pela SEAE em sua sede e escolas da região. Desde junho deste ano, a convite da prefeitura, leva o projeto para novas comunidades.

O Jardim São Marcos recebeu o evento pela segunda vez, sendo a primeira na Associação Amigos do Bairro e a segunda para alunos da Escola Municipal José Carlos Gonçalves.

Os participantes receberam um conjunto com muda, garrafa e terra e seguiram as orientações para montar uma pequena horta vertical, que pode e ser disposta em muros e paredes.

OS BAIRROS

Os dois bairros ficam na zona leste de Embu das Artes e possuem características de forte adensamento populacional e poucas paisagens verdes.

O Jardim São Marcos tem localização privilegiada, fica próximo ao Parque da Várzea, inserido em área de preservação ambiental, cedida pelo Estado de São Paulo para compensar impactos causados pelas obras do Rodoanel.

Já o Jardim Nova República fica próximo ao Jardim Casa Branca. Uma volta pelas ruas entrega uma área extremamente cinza, com ausência de árvores e praças. Do mapa, sobressai a ausência de parques e praças.

O projeto de horta nos bairros significa incentivo à beleza paisagística e aumento do verde, além de ser alternativa de alimento orgânico para as famílias.